Publicado em: 08/11/2024 às 16:00hs
Uma das indústrias gaúchas de processamento de pecan está prestes a se tornar a primeira a obter certificação para exportar ao mercado chinês, em decorrência de um recente acordo comercial firmado entre Brasil e China. No dia 1º de novembro, representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizaram uma visita à planta da Pecanita, localizada em Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul.
O diretor da Pecanita, Claiton Wallauer, destacou que a empresa, com mais de 50 anos de experiência na produção de pecans, tem se preparado para a exportação do produto descascado. “Começamos a nos organizar. A autoridade agrícola da China solicitou ao Mapa informações sobre segurança do trabalho e do produto. Conseguimos atender a essas exigências, uma vez que há muito tempo estávamos trabalhando em certificações internacionais, como o Security Quality Food (SQF), visando a exportação”, explicou Wallauer.
Durante a auditoria, os representantes do ministério avaliaram o processo de beneficiamento da pecan na agroindústria de Cachoeira do Sul, além de verificar os procedimentos relacionados à segurança alimentar, rastreabilidade e conformidade com as normas internacionais. “Eles revisaram toda a documentação e observaram a planta em funcionamento. Acreditamos que algumas adequações serão necessárias, o que é comum nesse tipo de processo”, acrescentou Wallauer.
A empresa estima que a safra de 2025 possa já ser comercializada para a China, o que inclui não apenas os produtores que trabalham com a Pecanita, mas também a possibilidade de atrair novos fornecedores. “Será um esforço coletivo. Precisamos dialogar com os produtores locais para garantir um volume adequado de oferta, aproveitando a cotação do dólar que favorece a exportação”, projetou, prevendo uma comercialização inicial de mil toneladas.
Eduardo Basso, presidente do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), enfatizou a importância das certificações obtidas pela Pecanita em conformidade com os protocolos exigidos pelo governo chinês. “Este é um marco significativo que abre um grande mercado e diversas oportunidades para toda a indústria nacional de pecan. Para os produtores, isso representa um benefício real, pois, ao conquistar esse mercado, surgem novas oportunidades e, com certeza, melhores preços para todos”, afirmou. Basso destacou que a política do Instituto tem sido focada na abertura de mercados e na criação de melhores condições para produtores e indústrias do setor.
Fonte: Portal do Agronegócio
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