Publicado em: 28/03/2012 às 09:00hs
Durante os cinco dias do evento os participantes poderão visitar os olivais da Fazenda Experimental da EPAMIG, em Maria da Fé, onde conhecerão viveiros de mudas de oliveiras e máquina (importada pela EPAMIG da Itália) para processamento do azeite virgem extra. Também integrará a programação do Festival, o projeto "Ciência Móvel EPAMIG", criado com o objetivo de popularizar a ciência e a tecnologia agropecuária. Trata-se de um ônibus com um pequeno laboratório para demonstração das pesquisas e publicações técnicas desenvolvidas pela Empresa. Por meio desse projeto, os participantes poderão degustar o azeite virgem extra que é processado na Fazenda Experimental da EPAMIG.
A programação do 2º Festival Gastronômico de Maria da Fé ainda inclui: praça de alimentação com pratos à base de batata, azeite, pinhão e alimentos orgânicos; espaço do azeite: comercialização de azeite, mudas de oliveiras e cosméticos à base de oliva; feira de artesanato e shows. Mais informações: www.mariadafe.mg.gov.br / (35) 3662-1463.
Produção de azeite em MG
O primeiro processamento de azeite virgem extra em Minas Gerais, em 2008, foi feito pela EPAMIG em máquina artesanal. Em 2009 o Núcleo Tecnológico EPAMIG Azeitona e Azeite adquiriu o extrator de azeite, importado da Itália, e passou a processar o óleo em parceira com a Associação de Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive), constituída em 2009, que reúne 55 produtores de 43 municípios da região.
De acordo com o agrônomo da EPAMIG Luiz Fernando de Oliveira, já foram processados no Núcleo cerca de sete toneladas de azeitonas, que produziram cerca de 1.000 litros de azeite. Segundo o agrônomo, apenas este ano, foram processadas mais de seis toneladas de azeitona, produzindo cerca de 800 litros de azeite. “O processamento teve rendimento médio de 13%, ou seja, para se extrair 1 litro de azeite são necessárias 7,40 kg de azeitonas”, disse. Para o engenheiro agrônomo, 2012 será um divisor de águas na produção comercial. “Estamos no pico da colheita e acredito que dobraremos esses valores até o fim da safra”, completa.
O olivicultor Fernando José Soares da Silva, de Maria da Fé, que soma cinco anos de cultivo da oliveira, extraiu azeite pelo terceiro ano consecutivo em pequena escala, mas acredita em boas perspectivas. “Estamos desenvolvendo nossa marca e nos preparando para o mercado”, afirma. O produtor conta que no ano passado teve uma grande perda devido às chuvas de granizo na região, mas que neste ano a produção foi satisfatória. “Ainda não conseguimos colher a metade da nossa produção. Estamos progredindo a cada ano”, destaca.
Fernando cultiva a variedade “Arbequina”, desenvolvida pela EPAMIG, que tem características favoráveis a produção de azeite. “Adquirimos as mudas na EPAMIG e estamos sempre buscando atualização na pesquisa”, diz. Fernando possui mais de mil plantas em sua propriedade. No ano passado, ele testou o uso de derriçadeira na colheita, mas acredita que precisa de mais conhecimento técnico no assunto. “Neste ano colhemos manualmente”.
Fonte: EPAMIG
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