Publicado em: 01/03/2021 às 19:40hs
O valor leva em conta exportações e vendas para o mercado interno. Segundo pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), esse resultado representa 10,5% do PIB nacional. Segundo o presidente executivo da ABIA, João Dornellas, o setor de alimentos e bebidas se consolida como o mais forte da economia brasileira.
“Aqui, falamos só dos produtos que foram industrializados. São produtos que passaram pela indústria de transformação brasileira. Desse total, 75% é destinado ao mercado brasileiro e 25%, para exportação”, disse.
Em 2019, o setor registrou R$ 699,9 bilhões. Descontada a inflação do período, a indústria de alimentos obteve aumento de 3,3% nas vendas reais ano passado. Na produção física (volume de produção), o setor cresceu 1,8% em relação a 2019. Esse resultado foi causado pelo aumento das vendas para o varejo, de 16,2% em 2020, e das vendas para o mercado externo, de 11,4%.
Do faturamento em 2020, os alimentos respondem por R$ 648 bilhões e as bebidas, por R$ 141,1 bilhões. Em 2019, foram R$ 562,8 bilhões em alimentos e R$ 137 bilhões em bebidas.
Em relação à geração de empregos, mesmo com o impacto da Covid-19 sobre o setor, que gerou um custo adicional de produção de 3,8% em 2020, a indústria de alimentos e bebidas criou 20 mil novas vagas diretas, alta de 1,2% em relação a 2019, mantendo um ritmo de crescimento absoluto semelhante ao de anos anteriores. Conforme Dornellas, o setor é o que mais gera empregos na indústria de transformação do Brasil, com 1,68 milhão de empregos diretos.
“A indústria de alimentos enfrentou grandes desafios em 2020, principalmente por ser uma atividade essencial e ter a responsabilidade e o compromisso de continuar trabalhando para garantir o abastecimento a toda a população brasileira. Atuando com agilidade e adotando com rigor todos os protocolos de segurança, o setor conseguiu aumentar sua produção e não deixou faltar comida na mesa dos brasileiros” analisa.
A presidente do conselho diretor da ABIA, Grazielle Parentei ressalta que “só foi possível fazer isolamento social, pois sabíamos que haveria alimentos nos mercados. Não houve desabastecimento. A indústria mostrou resiliência. Aprendemos, no ano passado, que ninguém vai sair dessa crise sozinho”.
Fonte: Agência SAFRAS
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