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Embarques de couros movimentaram US$ 139,6 milhões em janeiro

Apesar da crise econômica, indústria vê boas chances de recuperação dos preços internacionais, com perspectiva de aumento das exportações de 5% a 10% em 2012, movimentando cerca de U$ 2,2 bilhões


Publicado em: 15/02/2012 às 10:10hs

Embarques de couros movimentaram US$ 139,6 milhões em janeiro

As exportações brasileiras de couros e peles contabilizaram US$ 139,6 milhões em janeiro deste ano, embarcando 27,4 mil toneladas. A receita representa uma queda de 13% em relação a dezembro, e redução de 1% em comparação ao primeiro mês de 2011. O cálculo é do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Considerando-se a redução dos negócios fechados durante os últimos dois meses do ano passado, as exportações do início deste ano ainda deverão apresentar desempenho mais fraco. “Ao longo do ano, entretanto, deverá haver alguma recuperação, principalmente porque há relativa escassez de matéria-prima no mercado mundial. Dessa forma, há boas perspectivas de que os embarques cresçam de 5% a 10% em relação a 2011, movimentando perto de US$ 2,2 bilhões”, diz o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich.

Outro fator que contribuirá para atingir esse patamar é a conquista de novos mercados com produtos acabados, de maior valor agregado, explica ele. Segundo dados do Relatório do CICB, o perfil das exportações brasileiras por tipo de couro no ano passado, nos produtos acabados, foi de 57%, em receita, e 42% em volume.

Goerlich adverte, entretanto, para outros gargalos que continuam a impactar negativamente as exportações da indústria curtidora, a exemplo dos já conhecidos componentes do chamado Custo Brasil: a elevada carga tributária, as altas taxas de juros, a falta de linhas de crédito para capital de giro e a excessiva burocracia, dentre outros entraves.

O presidente do CICB lembra que o desempenho da indústria do couro vem – a despeito dos desafios e obstáculos enfrentados – aumentando a sua importância e sua contribuição econômica para a própria balança comercial brasileira, cuja participação representou 6,86% do saldo registrado em 2011.

Um dos motores da economia brasileira, o couro também conferiu projeção internacional ao país a partir da realização do I Congresso Mundial do Couro, promovido pelo CICB no Rio de Janeiro, em novembro passado.

Além da realização do congresso, a indústria nacional também vem se esforçando em consolidar a boa imagem do couro brasileiro no exterior graças à promoção do programa “Brazilian Leather”, conduzido em parceria da entidade com a Apex-Brasil, agência vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

China+Hong Kong, Itália e Estados Unidos foram os principais destinos do couro nacional em janeiro; Brasil aumenta embarques para a Tailândia, Hungria, Taiwan, África do Norte e Japão

No primeiro mês do ano, os principais destinos do produto nacional foram a China e Hong Kong, com US$ 48,94 milhões, 35,1% de participação e decréscimo de 1% ante 2011; Itália (US$ 29,1 milhões, 20,8% de participação e elevação de 4%); e Estados Unidos, US$ 17,36 milhões, (12,4% e queda de 11%).

Ainda em janeiro, Tailândia (US$ 4,6 milhões, 3,3% e salto de 244%), Hungria (US$ 4 milhões, 2,9% e 166% de aumento), Taiwan (US$ 3,44 milhões, 2,5% e 7%) e México (US$ 3,26 milhões, 2,3% e diminuição de 23%) foram outros importantes destinos das exportações brasileiras. Entre países que aumentaram as compras do couro nacional no período, figuram África do Sul (US$ 2,34 milhões, 1,7% e 48%) e Japão (US$ 2,32 milhões, 1,7% e 127%).

Ranking dos dez maiores estados exportadores em janeiro

O balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros no primeiro mês deste ano em relação a 2011 informa que os principais exportadores foram São Paulo (que retomou a liderança nacional, US$ 35,42 milhões, 25,4% de participação), seguido do Rio Grande do Sul (US$ 24,62 milhões, 17,6% de participação), Paraná (US$ 21,53 milhões, 15,4%), Goiás (US$ 14,26 milhões, 10,2%) e Ceará (US$ 10,39 milhões, 7,4%).

Os demais estados são Mato Grosso do Sul (US$ 7,9 milhões, 5,7%), Mato Grosso (US$ 7,25 milhões, 5,2%), Minas Gerais (US$ 6,34 milhões, 4,5%), Bahia (US$ 5,56 milhões, 4%) e Santa Catarina (US$ 4,24 milhões, 3%).

Fonte: Comunicação CICB

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