Processamento

Duas unidades de processamento de castanha começam a funcionar

Inauguração consolida ações da EBDA no processamento de caju no Estado da Bahia


Publicado em: 20/04/2012 às 11:50hs

Duas unidades de processamento de castanha começam a funcionar

Duas unidades de processamento de castanha de caju, com capacidade de processar 750 kg de castanhas por dia,  foram inauguradas ontem (18), no semiárido baiano. A unidade de Boa Hora, em Ribeira do Amparo, absorverá também a produção dos municípios de Cipó e Ribeira do Pombal.  A outra, localizada em Novo Triunfo,  atenderá os produtores dos municípios de Novo Triunfo, Antas e Sítio do Quinto.

O governador Jaques Wagner esteve presente na inauguração da unidade da Boa  Hora, acompanhado de autoridades estaduais e municipais, além dos dirigentes da Fundação Banco do Brasil (FBB), Jorge Streit, e da Cooperativa de Cajucultura Familiar do Nordeste da Bahia (Cooperacaju), Maria da Paz Ferreira Andrade, responsáveis pelo projeto. Também houve a presença de representantes da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada a Secretaria da Agricultura, que faz parte do processo desde o início e participa do comitê gestor de diversas associações de agricultores da região.

O governador conheceu as instalações da unidade e o processo de beneficiamento e demonstrou grande satisfação com o resultado visto. “Quero fazer dos agricultores familiares, empreendedores”, afirmou. Ele ressaltou a importância da organização dos agricultores em cooperativas e associações. “Cada um sozinho em sua roça se sente mais fraco, mas todos juntos e organizados são mais fortes e fica mais fácil direcionar políticas públicas para ajudar a melhorar a vida de todos”, garantiu.

O agrônomo da EBDA, José Augusto Garcia declarou que  esse é um projeto de inclusão social, de valorização de uma cultura já tradicional na região, mas que era beneficiada fora, em outros Estados. “O projeto das beneficiadoras é importante para a valorização da cadeia produtiva, completando o trabalho da EBDA na introdução, desenvolvimento e difusão das tecnologias da cajucultura na Bahia”, afirmou.

De acordo com o consultor da Fundação do Banco do Brasil (FBB), Jesiel Campos, cada unidade representa um investimento de R$ 380 mil em construção e maquinário. “No total, já investimos R$ 4,5 milhões em todo o Estado. Pronta, cada beneficiadora gera 25 empregos diretos e atrai mais investimentos para a região”, garantiu Campos. Ele conta que as unidades devem absorver boa parte da safra da região, para garantir estoque de matéria-prima suficiente para que as fábricas funcionem com toda a capacidade, gerando emprego e renda durante o ano inteiro.

Para agricultora da Baixa da Roça, Anália de Jesus, trabalhar na fábrica é um sonho. “Nunca imaginei ter uma fábrica com tanta tecnologia na minha comunidade, e agora estou participando do curso para aprender a trabalhar aqui”, disse ela emocionada.

Presidente da Cooperacaju, Maria da Paz Ferreira de Andrade, disse que a inauguração das unidades é a concretização de um sonho. “Há muito tempo sonhamos com essa oportunidade e agora que alcançamos, vamos continuar lutando para aproveitar a riqueza que nossa terra tem a oferecer”, afirmou. Ela acredita que, com o funcionamento de todas as unidades, a cooperativa conseguirá volume de produção para fechar grandes contratos.

Prevista inauguração de duas unidades em municípios baianos

De acordo com o dirigente da FBB, Jorge Streit, um projeto prevê que serão inauguradas, até o final do ano, mais duas unidades nos municípios de Lamarão e Tucano, como também a construção da Central de Classificação em Ribeira do Pombal, para centralizar a comercialização, conseguindo volume para contratos de fornecimento com grandes compradores.

Streit e Garcia aproveitaram o encontro para discutir uma parceira entre a FBB e EBDA para implantação de pequenas áreas de cultivo de caju com as famílias agrícolas que vivem em torno das unidades. “Com os pomares, garantimos a inclusão da agricultura familiar e o suprimento de castanhas, para que a fábrica funcione durante o ano inteiro”, constatou Garcia.

“Os campos de cajueiro anão-precoce enxertados garantem maior produtividade por área e uma produção homogênea, voltada para a indústria. A princípio, seriam 40 famílias atendidas em volta de cada unidade”, explicou Garcia. A parceria entre a EBDA, FBB e a Cooperacaju gerará a distribuição de mudas de qualidade, produzidas no viveiro da empresa em Ribeira do Pombal, e terá oferta de assistência técnica, cursos de manejo do cajueiro e participação da força de trabalho dos cooperados.

O aproveitamento do caju, rico em vitaminas e minerais, será focalizado, também, para fornecimento de merenda escolar. Garcia ressaltou os cursos sobre a culinária do fruto, oferecidos na EBDA, que ensinam a preparação de pratos utilizando a carne básica do caju no preparo de salgados, vatapá, pizza, hambúrguer, salpicão e outros pratos.

EBDA impulsiona cajucultura no semiárido baiano

Graças a ações como  essas,  a EBDA, em parceria com órgãos municipais, cooperativas e associações de produtores, prova que continua a alavancar a cajucultura na Bahia. A empresa foi responsável por introduzir no Estado a tecnologia para produção de mudas enxertadas e realizar pesquisas que resultaram no clone BRS BAHIA 12, o primeiro genuinamente baiano e com grande aceitação pelos agricultores.

“O trabalho técnico e científico realizado pela EBDA tem contribuição fundamental para o crescimento da cadeia produtiva de caju no Estado, principalmente no que diz respeito à agricultura familiar”, elogiou o consultor da FBB, Jesiel Campos.

No ano de 2011, o Centro de Formação de Agricultores Familiares do Território Semiárido Nordeste II (Centrenor), em Ribeira do Pombal, ofertou cursos sobre as tecnologias para a cajucultura e beneficiamento dos produtos, qualificando a mão de obra de agricultores e agentes comunitários, que se tornam multiplicadores dos conhecimentos.

O viveiro da EBDA em Ribeira do Pombal é o principal fornecedor de mudas do Estado, com produção de 40 mil clones de diversas variedades de cajueiro por ano e disseminação das técnicas de enxertia e substituição de copas de plantas improdutivas, que visam aumentar os índices de produção, produtividade e renda para agricultura familiar.

Fonte: Assesoria de Imprensa EBDA

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