Publicado em: 05/03/2012 às 08:50hs
O procedimento é utilizado para remover eventuais contaminações por conteúdo gastrintestinal visível nas superfícies internas e externas das carcaças antes da etapa de pré-resfriamento. O sistema é uma alternativa à prática do refile, que consiste na retirada por corte.
“As indústrias de abate e processamento de aves estão comprando ou adaptando equipamentos para adotar intensamente a prática de alta pressão nas carcaças das aves”, relata o presidente da ACAV, Clever Pirola Ávila. Ele observa que a nova regra, estabelecida pela Resolução nº 4, publicada no Diário Oficial da União em novembro passado, foi elaborada com base em trabalhos promovidos pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal desde 2008.
Diversos inspetores veterinários do departamento participaram da avaliação da execução de testes pilotos aprovados em unidades de abate registradas no Ministério da Agricultura. O processo também contou com estudos para avaliação do impacto dessa prática na segurança do produto para o consumidor e equivalência com a legislação sanitária dos países importadores.
Ávila realça que o procedimento é seguro e está cientificamente embasado nos resultados obtidos com a primeira etapa da pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), executado em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério. O levantamento demonstrou que o sistema possibilita a diminuição da manipulação no processo de abate.
O procedimento proporciona uma redução do número de funcionários na etapa de revisão de carcaças de aves. Um dos efeitos positivos constatados é a redução de falhas humanas na identificação de contaminações gastrintestinais visíveis.
O presidente da ACAV orienta que os estabelecimentos que desejam utilizar este sistema devem revalidar o plano de análise de perigos e pontos críticos de controle. O emprego da tecnologia não deve comprometer a exatidão da inspeção post-mortem. A norma fixa parâmetros mensuráveis que devem ser monitorados pelos estabelecimentos que aplicarem este procedimento.
O monitoramento é necessário para comprovar a eficiência do controle do processo de carcaças durante o abate de aves. A análise e a verificação levam em conta todos os aspectos estabelecidos pelos Serviços de Inspeção Federal (SIF) que inspecionam e fiscalizam de forma permanente os matadouros-frigoríficos de aves.
Assim, o Brasil passa a adotar uma tecnologia já usada com sucesso há muito tempo na indústria mundial de aves.
Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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