A ampliação da fábrica de celulose da Veracel no sul da Bahia, um investimento R$ 6 bilhões que vem sendo anunciado desde 2008 e que iria gerar 4,2 mil empregos diretos, está em banho-maria e pode demorar para ser iniciado.

A direção da empresa não comenta o assunto e diz que está esperando a concessão da licença ambiental por parte do Ibama, mas nos bastidores dá-se como certo que a empresa não tem pressa e que o investimento pode ser adiado.

Os motivos para o adiamento do investimento são muitos. Em primeiro lugar estariam as incertezas na economia internacional, que apontam para uma redução na demanda de celulose. E o futuro incerto do preço da matéria prima.

Por outro lado, a Fibria, um dos controladores da Veracel, está com elevado nível de endividamento. A empresa encerrou o trimestre com dívida líquida de R$ 9 bilhões e um EBITDA - lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações - de 5,2 vezes.

Além disso, as negociações da Veracel com o governo da Bahia estariam emperradas por conta dos créditos de ICMS na exportações. A empresa teria cerca de R$ 100 milhões em créditos e estaria pleiteando uma negociação semelhante ã verificada com outras empresas do polo.

Essse problemas parecem indicar que as obras do novo emprendimento vão demorar para serem iniciadas.