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Receita e lucro da Cosan vão crescer no terceiro trimestre

O balanço de resultado do grupo Cosan relativo ao terceiro trimestre do ano-safra 2012/13, que será divulgado hoje após o fechamento do pregão, deverá indicar forte aumento de receita e lucro


Publicado em: 06/02/2013 às 16:50hs

Receita e lucro da Cosan vão crescer no terceiro trimestre

Os recentes movimentos de diversificação do grupo, que concluiu em novembro a compra da Comgás, além das conversações para entrar no bloco de controle da América Latina Logística (ALL), mostram que o atual portfólio de negócios da Cosan está menos sujeito a riscos.

Os relatórios de prévia de resultados da Bradesco Corretora e dos bancos BTG Pactual e HSBC mostram que a última linha do balanço da companhia está estimada em R$ 223 milhões, em média, aumento de 137% sobre o lucro líquido do terceiro trimestre de 2011/12. No terceiro trimestre do ano-safra 2011/12, a Cosan reportou lucro líquido de R$ 93,8 milhões. Vale lembrar que os relatórios de bancos obtidos pelo Valor já incluem os resultados da Comgás, cuja conclusão da compra dos 60,1% da companhia foi anunciada no dia 6 de novembro.

A receita líquida média para o terceiro trimestre está prevista em R$ 8,147 bilhões, alta de 29% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo estimativas da Bradesco Corretora, BTH e HSBC. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) crescerá 82%, para R$ 901,67 milhões no mesmo período.

Ontem, os papéis da Cosan fecharam a R$ 47,10, alta de 1,29%. No ano, a elevação é de 12,81% e a valorização nos últimos 12 meses atinge 66,58%. Segundo consenso de estimativa da Bloomberg, 11 de 15 instituições financeiras indicam a compra das ações da companhia e quatro delas recomendam manter os papéis em carteira.

Em lua de mel com o mercado, o grupo Cosan está entre as empresas com ações negociadas em bolsa com forte recomendação de compra por parte dos analistas. Em relatório divulgado no início do mês, o HSBC elevou o preço-alvo das ações da companhia de R$ 43 para R$ 55. Embora a divisão de açúcar e álcool do grupo tenha reduzido sua participação no faturamento total da companhia, a Cosan foi eleita a aposta preferida do banco no setor de agronegócios na América Latina. O BTG Pactual e Bradesco Corretora também recomendam a compra dos papéis do grupo e reforçam as boas margens para o segmento de combustíveis.

A decisão do governo em elevar o índice de etanol anidro na gasolina de 20% para 25% a partir do segundo trimestre deste ano vai elevar a demanda por álcool no mercado interno. Analistas e especialistas do setor preveem que a elevação de cinco pontos percentuais gere uma demanda extra de 3 bilhões de litro de etanol por ano. A projeção de maior safra de grãos para este ano também dá respaldo para dois importantes negócios da companhia - logística, por meio da Rumo, e Radar, empresa de arrendamento de terras agrícolas. Se o acordo com a ALL (ver matéria abaixo) for fechado, o potencial de negócios da Cosan será ainda mais lucrativo.

O mercado está na expectativa de que o acionista majoritário Rubens Ometto Silveira Mello, fundador da Cosan, dê prosseguimento à reestruturação das ações da Cosan Ltd. Várias alternativas estão sendo estudadas por ele, mas analistas acreditam que ele se mantenha como controlador, com cerca de 35% do negócio.

Fonte: Idea Online

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