Publicado em: 17/09/2012 às 17:10hs
Foi assim quando foi chamado, em 2002, para comandar a Braskem, a então recém-criada petroquímica da Odebrecht.
A situação se repetiu seis anos depois, quando foi convidado a iniciar as atividades da ETH Bioenergia, braço de açúcar e etanol do grupo.
Em fevereiro deste ano, Grubisich tornou-se presidente da empresa de celulose Eldorado Brasil, da holding J&F (dona do frigorífico JBS), com o mesmo desafio: a primeira fábrica da companhia, um projeto de R$ 6,2 bilhões em Três Lagoas (MS), só inicia as atividades em novembro.
O executivo terá de liderar uma operação complexa, que inclui, além da unidade industrial, um aparato logístico composto por vagões, terminais e barcaças próprias, utilizadas para escoar a celulose em ferrovias e hidrovias até o porto de Santos. O investimento na área logística soma R$ 800 milhões.
"Como mais de 90% de nossa produção vai para o mercado internacional, tivemos de montar uma estrutura extremamente competitiva", diz Grubisich.
Apesar da dependência das vendas externas, o executivo diz não temer a crise europeia.
"O mercado de celulose continua crescendo cerca de 3% ao ano. O consumo de papéis de uso sanitário, como lenços, é baixo em países da Ásia, onde vamos focar."
A ausência de investimentos no setor nos últimos - reflexo de outra crise, a de 2008 - também deve favorecer os negócios da Eldorado, acredita. "A demanda continuou crescendo, mas os projetos pararam."
O plano da companhia é triplicar a capacidade de produção em Três Lagoas em 2021, atingido 5 milhões de toneladas por ano.
"Começaremos a trabalhar nisso no dia seguinte à inauguração.
Fonte: Folha de São Paulo
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