Publicado em: 31/07/2013 às 16:20hs
Os portos de Vitória (ES), Santos(SP), Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC), por onde o Brasil escoa amaior parte de sua safra agrícola, estão operando no limite da sua capacidade, e na safra 2013/2014 devemapresentar osmesmos problemas da passada. “O paísficoumuitos anosseminvestimentos adequados e levará algumtempo até que os atuais planos governamentais produzamosresultados esperados. Ainda vamosficar certo período recuperando o tempo perdido, até que se consiga uma infraestrutura que facilite o transporte”, afirmaDaniel Furlan Amaral, gerente de economia da Associação Brasileira das Indústrias deÓleos Vegetais ? ABIOVE.
Amaral participou, nos dias 15 a 19 de julho, demissão organizada pelo Movimento Pró?Logística, de MatoGrosso, entidade que congrega instituições do setor produtivo daquele estado e atua emdefesa damelhoria da infraestrutura logística domaior produtor de soja do País.
Opropósito foi avaliar os gargalos nos portos e no seus acessos. Constituemgargalos nos portos o baixo calado porfalta de dragagemregular e as demoras decorrentes de insuficiente equipe de inspeção fitossanitária.Gargalos de acesso aos portossão as vias de acesso rodoferroviárias. Ambos os gargalos afetama exportação de granéissólidos agrícolas – soja em grão,farelo de soja emilho, principalmente.
“Os portos estão trabalhando coma capacidademáxima e precisam, de forma urgente, resolver osseus gargalosinternos.Oporto de Paranaguá, por exemplo, precisa fazer adragagemdo canal de acesso para receber navios demaior porte e não tornar a operação de carregamento nos naviostão dependente de fatores externos e ambientais, como as restriçõesimpostas pelasmarés baixas”, diz o gerente de economia da ABIOVE.
“Santos e Paranaguá precisamreduzir obstáculos burocráticos e de planejamento, ampliar instalações para a criação de novos berços e terminais. Algunsterminaisrequerem modernização para readequação da capacidade de equipamentos,mas como esses portos estão operando no limite, não é possível pararemenquanto se realizamas obras. Então, antes de recapacitar é preciso construirmaisterminais.Não é possívelfazertudo aomesmo tempo”, acrescenta Amaral.
Problema de acesso aos portos ? Corrigir problemas de acesso aos portos é importante não só paramelhorar condições de entrega demercadorias,mas para evitar conflitos entremodais urbanos e de cargas, elevar a produtividade emmatéria de recebimento de produtos e melhorar a capacidade de planejamento da logística de transportes.
Especificamente, sobre os problemas ocorridos na safra 2012/2013,Daniel Furlan Amaral comenta que o principal gargalo foi o acesso aos portos, o que prejudicou o recebimento de mercadorias e a rotina dosmoradores que dependiamdessasrotas.Dentro dos portos, o principal gargalo temsido a paralisação, pormuitos anos, de obras de expansão dosterminais portuários, o que levou a umesgotamento da capacidade dessasinstalações.
Oque fazer? – Os problemas de infraestrutura e de logística são velhos conhecidos dos brasileiros. “OBrasil precisa fazer umpacto nacional para, de fato,resolver osseus problemas. É necessáriomelhorar a capacidade de execução dos planos que foramelaborados pormeio de ações coordenadas e alinhadas entre os órgãos dastrês esferas de governo ? federal, estadual emunicipal ?, para que não se criemobstáculos aos empreendimentos,sejameles burocráticos ou de falta de pessoal. Pontosimportantessão o estabelecimento demetas de curto e longo prazos e viabilizar a sua execução compessoal e orçamento compatíveis”, salienta Amaral.
Portos mais competitivos – Sobre a pergunta “quais portos apresentammelhores condições de competitividade”, Amaral afirma que “são aqueles que conseguiramresolvermelhor os problemas dentro do porto e de acesso até ele. Entre os portos brasileiros, Santos construiu instalações e condições de acesso porrodovias e ferrovias, apesar desses acessos ainda estaremlonge do ideal. Assim,mesmo estando distante dasregiões produtoras, acaba sendo o porto escolhido, pois noNorte do País não há infraestrutura nessas condições”, diz o gerente de economia da ABIOVE.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ABIOVE
◄ Leia outras notícias