O material estava junto de uma carga de medicamentos roubada da distribuidora Panarello e avaliados em R$ 500 mil. Foram presos Claudinei Rodrigues, de 30 anos, e Francisley Ferreira Fernandes Sales, de 26 anos. Os dois estavam em um Celta prata que estava na frente do local. Ao perceber a aproximação da viatura, a dupla tentou fugir e acabou presa. No imóvel, havia mais três homens que fugiram pelos fundos.

Segundo os policiais, o carregamento de defensivos agrícolas está avaliado em cerca de R$ 400 mil e os policiais não sabem de onde foi roubado. Ao todo, cerca de R$ 1 milhão em produtos roubados estavam no ambiente.

O delegado Roberto Amorim, titular da Delegacia de Roubos e Furtos da Capital, acredita que o local tenha servido de esconderijo para mais produtos roubados. “Encontramos três segmentos diferentes de produtos, sendo medicamentos, agrotóxicos e também um aparelho de TV de 42 polegadas na caixa”, informou.

Amorim explicou que a empresa fabricante – a Bayer do Brasil – será acionada para identificar o proprietário do lote, e com isso, saber quem é a vítima do roubo. “Acreditamos que o roubo tenha ocorrido em alguma empresa do interior porque na Capital não temos informação de crimes com este tipo de substância”, frisou.

O que chamou a atenção dos investigadores é que havia uma grade na escada separando o piso onde estava o medicamento, no 1º andar, do piso onde escondiam o agrotóxico. As caixas com fungicida, solvente, herbicida, inseticida e adjuvante estavam em local separado.

O carregamento com medicamento fora roubado na última quinta-feira (19) da Distribuidora Panarello, localizada na Avenida da Feb, em Várzea Grande. Na ocasião, seis homens fortemente armados renderam os vigias e colocaram os produtos num caminhão, que eles mesmos trouxeram.

Ontem de manhã, representantes da empresa estiveram na Delegacia para conferir os produtos. O gerente de venda, Marcos Medeiros, disse que os ladrões roubaram principalmente os remédios de uso controlado e várias caixas de Cialis, indicado para disfunção erétil e que tem valor comercial acima do Viagra. “Eles foram direto onde estavam esses medicamentos”, explicou.

No entendimento dos policiais, esses produtos seriam repassados aos receptadores que revenderiam sem receita médica. Sem o controle do lote, poderiam vender à vontade.

Como a empresa tem o controle dos lotes, o delegado Roberto Amorim deverá fazer uma vistoria nas farmácias para saber se alguém adquiriu algum produto roubado. “Caso isso fique comprovado, quem comprou será indiciado por receptação”, assegurou.