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PECEGE/CNA anuncia resultados do levantamento de custos de produção de cana-de-açúcar, açúcar e etanol no Brasil na safra 2011/12

Os resultados da pesquisa referem-se a pesquisa com usinas e fornecedores de cana da região Centro-Sul Tradicional (delimitada pelos estados de SP, PR), Centro-Sul Expansão (GO, MG, MS e MT) e Nordeste (AL, PB, PE)


Publicado em: 26/09/2012 às 10:00hs

PECEGE/CNA anuncia resultados do levantamento de custos de produção de cana-de-açúcar, açúcar e etanol no Brasil na safra 2011/12

O Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas – PECEGE, vinculado à Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ da Universidade de São Paulo – USP, com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, divulga os resultados do seu sétimo levantamento e custos de produção de cana-de-açúcar, açúcar e etanol no Brasil, referente aos custos da safra 2011/12.

Os resultados da pesquisa referem-se a pesquisa com usinas e fornecedores de cana da região Centro-Sul Tradicional (delimitada pelos estados de SP, PR), Centro-Sul Expansão (GO, MG, MS e MT) e Nordeste (AL, PB, PE). A amostra da pesquisa respondeu por, aproximadamente, um terço da produção nacional (cerca de 170 milhões toneladas de cana), contando com o apoio de instituições de classe de todos os estados pesquisados, bem como a participação de 18 dos 30 maiores grupos produtores do setor. Os fatores determinantes dos níveis de custos de produção dessa safra, em ordem de importância, foram: redução da produtividade agroindustrial, recuperação dos preços do açúcar etanol e atualização monetária dos preços dos principais fatores de produção.

Na região Centro-Sul, a safra foi marcada pela queda na produtividade da lavoura, redução no teor de ATR e alta ociosidade da capacidade industrial instalada para processamento de cana. Ou seja, uma forte queda de produtividade agroindustrial destacada pela redução de 18,9% e 22,8% no montante de açúcares redutores produzidos pela área agrícola e processados nas agroindústrias típicas das regiões Tradicional e Expansão, respectivamente. Com isso, custos fixos como salários, manutenção de máquinas e equipamentos agroindustriais, assim como os custos de capital, foram divididos por uma menor quantidade de produção, incorrendo em aumento de custos unitários dos produtos.

Na região Nordeste, por outro lado, a melhor produtividade agrícola, impactou em redução dos custos da matéria-prima produzida pela usina e aumento da produtividade e taxa de ocupação agroindustrial. A recuperação dos preços do açúcar e etanol foi fator significativo para o aumento de custos em todas as regiões, uma vez que fatores de produção relevantes, como preço da cana e remuneração da terra, são indexados a esses valores.

Apesar do forte aumento de custos, os preços mais altos dos produtos permitiram bons resultados para todos os agentes do setor sucroenergético. A exceção ficou por conta do etanol hidratado e a cana de fornecedores nas regiões Tradicional e Nordeste que, apesar de apresentarem sobra de caixa em relação ao custo operacional, não conseguiram lograr lucro econômico. Mantendo a tendência da safra anterior, a produção de açúcar permaneceu significativamente mais rentável, porém, com tendência de redução de margens, assim como a produção de etanol. Destaca-se como análise histórica do trabalho a preocupante situação de competitividade do etanol hidratado, que no ciclo de cinco safras atingiu o pior nível de rentabilidade do setor, acumulando margens negativas de aproximadamente 6%.

O relatório completo de resultado do levantamento assim como benchmarkings sobre as condições técnicas e econômicas da gestão de custos, preços de insumos e processos produtivos podem ser obtidos no Portal de Informações Sucroenergéticas do PECEGE (www.pecege.esalq.usp.br/portal). Também no Portal já está disponível o questionário do 8º levantamento de custos de produção de cana-de-açúcar, açúcar e etanol no Brasil, referente à safra 2012/13 que se inicia em outubro.

Fonte: Assessoria de Comunicação USP ESALQ

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