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Para o Ex-Ministro Roberto Rodrigues, o ISSCT 2013 vai mostrar know how brasileiro e avanços do setor no mundo

O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, é presidente honorário do Congresso da ISSCT (International Society of Sugar Cane Technologists), que acontece em junho de 2013, em São Paulo


Publicado em: 17/01/2013 às 15:30hs

Para o Ex-Ministro Roberto Rodrigues, o ISSCT 2013 vai mostrar know how brasileiro e avanços do setor no mundo

O aumento da produtividade agrícola do setor sucroenergético brasileiro é notável desde a implantação do Proálcool, mas ainda é possível avançar muito mais. É o que avalia o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, que esteve à frente da pasta durante o governo Lula, entre 2003 e 2006, e é presidente honorário da 28ª edição do Congresso da ISSCT (International Society of Sugar Cane Technologists), que acontece entre os dias 24 e 27 de Junho de 2013, no Transamérica Expo Center, em São Paulo-SP.

O Brasil será, pela terceira vez, sede do Congresso da ISSCT (International Society of Sugar Cane Technologists). Realizado a cada três anos, o evento, que tem na programação o pré e pós congresso e uma exposição, reunirá mais de cinco mil profissionais do setor, entre congressistas e visitantes, de diversos países. Para Roberto Rodrigues, a importância desse grande encontro da cadeia sucroenergética é “mostrar ao mundo o que temos feito de avanços na cadeia produtiva canavieira, o que pode nos render grandes negócios em termos globais. E não se trata de vender mais álcool ou açúcar, mas sim de vender know how, que vale muito mais”, avalia o ex-ministro. Para ele, o congresso também oferece a oportunidade de “aprender bastante com o que será mostrado sobre avanços técnicos e institucionais realizados por outros países”, afirma.

Organizado pela STAB Nacional (Sociedade dos Técnicos Açucareiros Alcooleiros do Brasil) com operação da Reed Multiplus, marca associada à Reed Exhibitions Alcantara Machado, o evento já registra um número recorde de trabalhos inscritos. Foram recebidos mais de 500 resumos enviados por tecnólogos de 32 países, sendo a maior parte deles – 159 – de autores brasileiros. São pesquisas nas áreas de agronomia, variedades, subprodutos, biologia molecular, processamento de fábrica, entomologia, gestão, engenharia agrícola, entre outros. O congresso contará com três plenárias que abordarão a integração da indústria sucroalcooleira envolvendo açúcar, etanol, energia e co-produtos; a biomassa e as tecnologias futuras e o melhoramento genético da cana-de-açúcar através de técnicas tradicionais e moleculares.

Roberto Rodrigues, que realizará uma conferência durante o ISSCT 2013, na qual comentará os avanços já obtidos em toda a cadeia produtiva brasileira, especialmente depois do estabelecimento do pagamento de cana pelo teor de sacarose, nos anos 70, acredita que é preciso avançar mais em pesquisa e na produtividade.  “O aumento da produtividade agrícola foi tão notável desde a implantação do Proálcool que, se tivéssemos hoje o mesmo nível daquela época, precisaríamos, no mínimo, de mais 50% de área cultivada para colhermos a safra deste ano. No entanto, discutirei também a hipótese de que ainda podemos avançar muito mais e que paramos um pouco na pesquisa agrícola e industrial, especialmente no que diz respeito aos motores a álcool”, adianta o engenheiro agrônomo pela ESALQ/USP e Doutor Honoris Causa pela UNESP/Jaboticabal.

Para Roberto Rodrigues, o setor sucroenergético necessita de “novos e vigorosos trabalhos de pesquisa em todos os elos da cadeia” que contribuirão para o aumento da produtividade, um dos grandes desafios apontados por ele para o desenvolvimento do segmento.  Rodrigues ainda destaca o que entende como algumas das inovações necessárias, em curto prazo, para trazer redução de custos e maior produtividade.

“Na agricultura  será necessário aumentar a produtividade da cana, especialmente na produção de ATR (Açúcar Total Recuperável). Novas variedades mais ricas e de menor custo virão com a engenharia genética e as nanotecnologias, com certeza. Outro setor que evoluiu pouco foi o transporte de cana, que ainda é caro demais. Os processos industriais serão modernizados, inclusive com o aumento da duração da safra – até mesmo complementando a safra de cana com outras matérias primas, como o sorgo - e isso implicará menor prazo para manutenção. Haverá uma revolução no setor, mas isso precisa de melhor integração entre os órgãos de pesquisa, como CTC, Embrapa, IAC, UFSCAR e empresas privadas, para otimizar recursos materiais e humanos”, conclui o ex-ministro.

Além de professor da UNESP/Jaboticabal, Roberto Rodrigues é coordenador do Centro de Agronegócio da FGV/EESP e Presidente do Conselho do Agronegócio da FIESP. Foi presidente da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), da Organização Mundial de Cooperativas Agrícolas e da ACI (Aliança Cooperativa Internacional), período em que conheceu 79 países em todos os continentes. Foi Secretario da Agricultura do Estado de São Paulo e também presidiu a SRB (Sociedade Rural Brasileira) e a ABAG (Associação Brasileira de Agronegócios).

Como participar

A filiação ao ISSCT é obrigatória para participar de qualquer atividade do congresso, seja como expositor  ou congressista. Essa afiliação é renovada a cada três anos, por ocasião da realização do congresso e é feita online, diretamente no site do ISSCT-. www.issct.org.

www.issct2013.com.br

Fonte: Conceito Comunicação

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