Publicado em: 29/08/2012 às 11:10hs
"A China voltou a comprar. Eles trabalham com estoque e depois quando atingem um nível que eles acham inseguro e o preço fica melhor, eles voltam a comprar", disse Marcelo Castelli, presidente da Fibria, a jornalistas, após participar de evento do setor em Sao Paulo nesta terça-feira (28).
"A perspectiva (de preços) até o fim do ano é de estabilidade com viés de alta. Se tiver alta, só no quarto trimestre", completou Castelli.
Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano, afirmou que a situação econômica "parou de piorar", o que favorece os preços do insumo.
"A economia, de forma geral, está dando sinais de melhora. Estados Unidos estão com pequena melhoria, Europa parou de piorar e Brasil com melhora... A China está com estoques mais baixos, então os preços não caíram como era esperado. Achamos que mais para o quarto trimestre pode ter melhoria", disse, também a jornalistas.
EXPANSÃO E VENDA DE ATIVOS
Apesar do cenário melhor para os preços de celulose, Castelli, da Fibria, descartou apresentar o projeto de expansão da unidade de Três Lagoas (MS) ao Conselho de Administração ainda neste ano, devido ao ambiente econômico.
"Não vou levar para o Conselho nenhuma decisão de Três Lagoas nesse ambiente. O projeto está pronto, a qualquer momento posso tomar a decisão, mas sem clareza maior para onde vai o mercado não vamos tomar a decisão", disse.
Já Maciel, da Suzano, afirmou que a empresa não tem mais a necessidade de vender ativos ate 2016, para reduzir a alavancagem, devido ao fato de ter obtido uma "blindagem financeira" até esse ano, com medidas adotadas no segundo trimestre como a oferta de ações e o alongamento dos vencimentos da dívida.
"Temos todas as nossas necessidades financeiras adequadas e contratadas até o final de 2016", disse.
Maciel também informou, durante o evento, que a Suzano estuda um corte de custos, que deverá ser detalhado na divulgação dos resultados do terceiro trimestre, em novembro.
"Temos oportunidades. Tanto na área industrial quanto florestal, em logística, existem hoje possibilidades de ações de gestão para reduzir custos... Estamos trabalhando violentamente na parte de custos, em todas as frentes, identificando oportunidades de redução de custos sem (reduzir) Capex", afirmou.
Fonte: Reuters
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