Publicado em: 15/02/2012 às 16:10hs
As cifras seriam para dobrar a produção da cana de açúcar, saltando das 555 bilhões de toneladas colhidas em 2011 para 1,2 bilhão em 2020. Parte da cifra - R$ 46 bilhões - seria destinada a reforma e ampliação dos canaviais. O maior montante - R$ 110 bilhões - teria como destino a área industrial. "Só com esse investimento nós vamos conseguir atender essa demanda que é crescente. Hoje nossa crise não é de mercado, é uma crise de oferta", afirma o diretor da Unica na região de Ribeirão Preto, Sérgio Prado.
Com a ampliação no número de usinas e canaviais até 2020, a Unica acredita que o setor crie 350 mil empregos diretos e outros 700 mil indiretos, além de requalificar de 20 a 25 mil trabalhadores/ano. A entidade também aposta que o PIB do setor saltará de US$ 48 bi para US$ 90 bi nesse período.
A projeção é que daqui a oito anos a frota nacional terá 81% dos carros e 63% das motos no sistema flex. Prado revela que um desafio a ser superado é tornar o preço do etanol mais competitivo em relação à gasolina. "Um entrave são os impostos que respondem por 31% do preço final do produto que vai para a bomba", diz.
Segundo Prado, políticas públicas que privilegiassem a desoneração do investimento na produção seriam fundamentais para o setor. "No Canadá ao montar uma fábrica você não paga o imposto sobre o investimento, você paga sobre o produto", explica.
Para reaquecer o setor, em janeiro o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) lançou o programa Prorenova.
Fonte: DCI - Diário do Comércio & Indústria
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