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Índice de Confiança dos Fornecedores do Setor Sucroenergético mostra cenário de atenção

Indicador teve pequena queda de 0,01 ponto em comparação com rodada anterior, mas expectativas se mantém estáveis com base nos investimentos na área agrícola, o que deve aumentar a produtividade e a produção para o próximo ano


Publicado em: 16/08/2012 às 07:45hs

Índice de Confiança dos Fornecedores do Setor Sucroenergético mostra cenário de atenção

O Índice de Confiança dos Fornecedores do Setor Sucroenergético (ICFSS Multiplus/Fundace), medido pelo Agrofea - Programa de Pesquisa em Agronegócio da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP, fechou a rodada de julho de 2012 (9a rodada) praticamente estável, com pequena queda de 0,01 ponto em comparação com a rodada anterior, de abril 2012, atingindo 0,52 pontos. Na comparação com o mesmo período de 2011, a queda foi de 0,10 pontos, uma vez que o ICFSS de junho de 2011 foi de 0,62 pontos.

O ICFS é composto por expectativas dos gestores e pelas condições atuais do setor, na avaliação dos próprios entrevistados. O indicador que se refere às expectativas dos gestores se manteve praticamente estável com elevação de 0,01 ponto. Dentre as variáveis que compõem este indicador, apenas o referente à economia do País em geral apresentou queda (de 0,57 para 0,55). As variáveis de expectativa em relação à empresa e em relação ao fornecimento para o setor se mantiveram praticamente estáveis e devem manter esta tendência, segundo o relatório.

A variável que apresentou maior alta dentro do índice (0,50 para 0,54) foi a que reflete a expectativa para setor sucroenergético. Segundo os entrevistados, os investimentos nas usinas serão realmente notados a partir do próximo ano e com o novo período de entressafra. No raciocínio dos entrevistados, os investimentos estão sendo feitos na parte agrícola, o que deve aumentar a produtividade e a produção, fazendo com que a demanda por reparos e novos equipamentos nas usinas aumente.

Já o indicador referente às condições atuais, que também compõe o Índice, apresentou queda de 0,07, atingindo o valor de 0,40, o que aponta para um nível insatisfatório para os gestores entrevistados (abaixo de 0,50 pontos). Com queda de 0,07 pontos, o indicador relacionado às condições atuais da empresa atingiu pela primeira vez 0,49, valor abaixo do nível de equilíbrio. Isso aconteceu, de acordo com o relatório, por que a cadeia produtiva como um todo sofre com o baixo investimento ou a priorização dos investimentos na recomposição dos canaviais.

A variável referente às condições atuais da economia em geral apresentou maior redução (0,10 pontos), o que reflete preocupação com os desdobramentos da crise de 2008 no momento atual e suas consequências. Já a variável sobre fornecimento para o setor sucroenergético caiu 0,08 pontos e a relacionada ao sistema agroindustrial sucroenergético apresentou queda de 0,04 pontos. De acordo com o relatório, a queda nas variáveis diretamente relacionadas ao setor pode ser explicada pela falta de novos projetos e pela diminuição da demanda por equipamentos e manutenção nas usinas. O relatório lembra que esta queda era tendência desde 2011 e se ace ntuou nesta safra com chuvas fora de época.

O relatório também compara a evolução do ICFSS com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Confederação Nacional da Indústria no mesmo período. Embora ambos tenham apresentado queda, o recuo do ICEI foi de 0,04 pontos (de 0,57 para 0,53), enquanto  o ICFSS fechou a rodada praticamente estável.

A comparação ressalta que a piora das condições sentidas há algumas rodadas pelo fornecedor do setor sucroenergético passaram a ser também sentidas também por outros setores da economia. Atualmente, os indicadores de confiança da indústria e o indicador do setor sucroenergético estão praticamente equivalentes (0,53 e 0,52, respectivamente).

Fonte: Imprensa FEA-RP/USP

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