Outros

Inclusão do papel higiênico na cesta básica deve ajudar setor de papel e celulose

Sabonete, pasta de dentes e papel higiênico também terão desoneração de impostos federais


Publicado em: 27/03/2013 às 11:00hs

Inclusão do papel higiênico na cesta básica deve ajudar setor de papel e celulose

No início deste mês, a presidenta Dilma Rousseff anunciou, em rede nacional de rádio e TV, o fim dos impostos federais que incidem sobre todos os produtos da cesta básica. A desoneração entrou em vigor com a publicação na edição extra do Diário Oficial da União e vai zerar a incidência de PIS/Cofins e de IPI de 16 itens. O anúncio do governo impactou também o setor de celulose e papel. É que a tabela do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) disponível no site dieese.org.br, apontava até fevereiro deste ano, apenas 13 itens na cesta básica, são eles: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga. Agora, a nova medida também incluiu na cesta básica itens de higiene pessoal, como o sabonete, pasta de dentes e papel higiênico. O que pode estimular o setor de embalagens como um todo e o de tissue.

Para Ricardo Trombini, presidente da Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO), o governo já vem definindo medidas pontuais referentes à desoneração fiscal, porém a inclusão desses itens não era esperado. “Foi uma surpresa porque beneficia o segmento de bens não duráveis. Geralmente as medidas são definidas privilegiando o segmento de duráveis como já aconteceu para a linha branca, móveis e automóveis”, comenta.

Trombini ainda afirma que esta é uma medida positiva que vai beneficiar o cliente final e aumentar a produção de embalagens de papelão. “Caso os efeitos da desoneração fiscal para estes produtos cheguem em forma de preços menores para os consumidores finais, teremos um incremento de consumo nos produtos e consequentemente um aumento na produção em toda cadeia correspondente”, afirmou.

A expectativa é que a isenção reduza pelo menos 12,25% no preço desses itens, sendo que nos casos dos alimentos a redução não deve passar de 9,25%. Dilma afirmou que espera que a desoneração tenha impacto na redução de custos para os produtores rurais e comerciantes, estimulando pequenos negócios e a expansão econômica.

Realidade

Apesar das boas expectativas a realidade não é tão positiva assim. A Fundação Procon de São Paulo em parceria com o Dieese fizeram a primeira pesquisa do custo da cesta básica depois do corte dos impostos federais. O resultado mostra que, apesar de a maioria dos itens registrarem queda nos preços médios, o valor total da cesta básica aumentou 0,55%, passando de R$ 384,58 para R$ 386,71.

O acréscimo foi causado principalmente pelo açúcar, com alta de 2,59%, e pelo creme dental, que subiu 0,7%. Mas para João Carlos Basílio, presidente da Abihpec que reúne indústria de higiene pessoal, tanto o aumento do creme dental como a estabilidade do preço médio do sabonete deve-se aos reajustes feitos pela indústria no começo do ano, que foram de 5% e 7%. Ele afirma que as reduções de preços devem ocorrer em breve.

Fonte: Celulose Online

◄ Leia outras notícias