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Fórum de Dirigentes Cooperativos realiza primeira reunião em Cuiabá

Objetivo é criar uma plataforma onde os dirigentes possam conhecer as cooperativas e atuar com mais força no mercado


Publicado em: 17/12/2012 às 18:40hs

Fórum de Dirigentes Cooperativos realiza primeira reunião em Cuiabá

Dirigentes de cooperativas se reuniram na sexta (07) em Cuiabá para discutir os novos rumos do associativismo. O 1º Fórum de Dirigentes Cooperativos iniciou os trabalhos de criação de uma plataforma onde as cooperativas possam tratar das questões de mercado. “O objetivo é que haja uma coordenação e comunicação entre as cooperativas para que possam atuar com mais força no mercado”, explicou Fábio Chaddad, professor da Universidade do Missouri (EUA).

Segundo o diretor financeiro da Aprosoja, Nelson Picolli, o setor produtivo de Mato Grosso está começando uma grande transformação rumo à industrialização da sua matéria prima e à melhoria logística. “É importante que os produtores estejam inseridos neste processo e o cooperativismo é uma linha em que eles podem atuar”, explicou. O produtor rural Eraí Maggi concorda: “A cooperativa pode ajudar o produtor que planta 200 hectares e aquele que planta 200 mil hectares. Ela vai trabalhar pelos interesses dos produtores e não das grandes empresas”, frisou.

O representante da Cooperativa dos Produtores Rurais da Bahia (Cooperfarms), Luiz Antônio Pradella, também veio conhecer um pouco sobre o futuro dos negócios cooperativos. Há seis anos instalada no município de Luís Eduardo Magalhães, a Cooperfarms vem ganhando adeptos e trabalha com comercialização. “Para nós é muito importante discutir o futuro, saber o que está sendo realizado e que está por vir nesta nova geração de cooperativas”, disse.

Mas o trabalho nas cooperativas ainda é longo, especialmente no que se refere à confiança do produtor nesta modalidade. Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras  em Mato Grosso (OCB-MT), Onofre Cesário, a profissionalização nas cooperativas está fazendo com que os produtores rurais, em especial, acreditem no sistema. “A cooperativa é uma empresa e, quando bem administrada, pode ser uma grande arma para pequenos e médios produtores”, lembrou.

É o que o especialista em Agronegócio André Pessoa reforçou para os participantes do Fórum. Segundo ele, a cooperativa de nova geração passa a ter sócio, ela é organizada como empresa, tem governança, tem conselho de administração. Existe uma separação entre gestão e propriedade. “Os proprietários são representados no Conselho e determinam as estratégias de longo prazo daquela empresa, mas o dia a dia é “tocado” pela gestão profissionalizada”, ressaltou.

Além disso, as novas cooperativas têm a possibilidade de entrar em outros negócios com sócios não-cooperados. “É a criação de empresas-espelho, onde a cooperativa é apenas uma sócia daquele negócio. Isso aumenta a possibilidade de atrair capital para investimentos”, explicou André Pessoa.

Fonte: Assessoria de Comunicação Aprosoja

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