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Empresas estão confiantes na virada do setor sucroenergético já em 2013

A necessidade de investir em inovação e soluções tecnológicas capazes de gerar ganho de eficiência e produtividade cresce na mesma proporção da demanda de açúcar e de etanol


Publicado em: 19/09/2012 às 15:20hs

Empresas estão confiantes na virada do setor sucroenergético já em 2013

A do etanol deve saltar dos atuais 27 para 73 bilhões de litros em 2020, incluindo 6,8 bilhões de litros para exportação. Já o consumo de açúcar deve aumentar em 28 milhões de toneladas nos próximos oito anos – o que demanda um aporte de R$ 150 bilhões para ampliar a capacidade de produção das 450 usinas hoje existentes no país, segundo estudos da Datagro, um dos principais banco de dados do setor sucroenergético e de biocombustíveis do Brasil e do mundo.
 
Mesmo com as dificuldades que o setor tem passado e a demora do governo federal em conceder estímulos e políticas que garantam segurança aos investidores da cadeia sucroenergética, o cenário futuro é muito promissor. Pelo menos é nisso que estão apostando muitas empresas fornecedoras de produtos e serviços do setor.
 
Para Lauro Costa Rezende, especialista de marketing de tratores acima de 130 cc na Case IH, o ritmo de vendas no segmento de tratores para a companhia está muito intenso neste ano. “A demanda está 216% acima do que foi no ano passado.” Ele informa que a Case está em plena expansão, chegando a 5% de participação no Brasil em tratores. “Isso também é fruto dos investimentos em nacionalizar produtos, saindo de 10 para 18 modelos.” A empresa, segundo ele, aposta muito na expansão do mercado brasileiro. Outro setor que tende a estar ainda mais aquecido em 2013 é o de colhedoras de cana, uma vez que em 2014 termina o prazo estabelecido pelo Protocolo Agroambiental para fim do corte de cana com queima, o que obriga as usinas a implantarem a colheita mecanizada em todas as áreas mecanizáveis.
 
Quem também tem ótimas perspectivas para 2013 é a Enalta, segundo o executivo de negócios da empresa, Jaime Hirai. “Estimamos no ano que vem triplicar ou quadruplicar os negócios. A empresa está pronta para atender essa demanda em alta, inclusive reformulando o corpo técnico e a fábrica”, diz. Entre outubro e novembro deste ano, a Enalta se instala num novo prédio em São Carlos. “Se confirmarem as perspectivas do mercado, teremos de praticamente dobrar de tamanho.”
 
A TGM também aposta na retomada do crescimento do setor sucroenergético. Segundo Adalberto Marchiori, do setor de comunicação e marketing da empresa, a empresa está atualmente investindo no parque fabril, melhorando a estrutura da fábrica – inclusão com aquisição de máquina de alta precisão – e mantendo os nossos profissionais qualificados. “Sabemos que o setor vai melhorar e voltar a crescer com vigor e estaremos prontos para esse novo boom.”
 
Os empresários e executivos do setor confiam que um novo período de crescimento e bonança está por vir, com novas expansões e anúncio de greenfields. Principalmente pelos fundamentos positivos da atividade. Mas que as políticas públicas, necessárias para a retomada dos investimentos, venham o quanto antes. Elas vão ditar os rumos da recuperação do setor.

Fonte: Universo Agro

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