Pesquisadores, ranicultores, fornecedores e outros segmentos da cadeia produtiva, de diversos estados, vão analisar a situação atual do setor e consolidar recomendações para enfrentamento dos desafios identificados. “As recomendações serão divulgadas aos elos da cadeia”, informa o pesquisador André Yves Cribb. Ele aponta que a ranicultura teve grande impulso nos anos 80/90, mas tem sofrido perda de dinamismo: “Porque a demanda por carne de rã no Brasil é três vezes maior do que a oferta e a cadeia não consegue atender? Há várias razões, algumas de ordem técnica, como a falta de rações específicas, e outras como falta de informação, crédito e assistência técnica. A Embrapa está entrando para contribuir para o reerguimento do setor, em conjunto com outros agentes interessados”.

A atividade de encerramento do projeto "Avaliação e transferência da tecnologia de processamento de dorso de rã" dará subsídios para um novo projeto - “Construção de uma rede de interação e aprendizagem para a transferência de tecnologia na cadeia ranícola brasileira”, o qual objetiva contribuir para a melhor articulação da cadeia. Já está confirmada a participação de instituições de pesquisa e organizações de produtores de rãs como André Muniz Afonso – UFPR; Cláudia Maris Ferreira Mostério – Instituto de Pesca, SP; Flávio Lawless - ranicultor e processador; José Henrique Carvalho Moraes – Emater; José Teixeira de Seixas Filho – UNISUAM; Luiz Carlos Dias Faria – ranicultor; Silvia Mello- consultora; e Izolda Viriato– Cooperativa de Ranicultores de Cachoeiras de Macacu, RJ.