O presidente da Eldorado Celulose, José Carlos Grubisich, afirmou que as duas próximas linhas de produção da empresa, cuja primeira fábrica será inaugurada daqui a pouco na cidade de Três Lagoas (MS), deverão demandar investimentos entre R$ 10 e R$ 13 bilhões até 2020. Ele disse que os dois projetos ainda não começaram a ser desenvolvidos e que a primeira expansão, que consistirá em nova linha de produção, deverá ser decidida pelo conselho de administração da empresa até 2014.

Enquanto isso, a companhia começará a expandir a área de florestas para atender a segunda unidade que poderá chegar em 2017. “Ainda não definimos a expansão, em 2013 começamos os estudos para o projeto executivo, em 2014 a decisão pelo investimento e contratação de pacotes de construção para em 2017 termos o início da produção da capacidade adicional, mas os valores ainda não estão definidos”, comentou em entrevista coletiva de lançamento da empresa.

O executivo avaliou o mercado como positivo para a Eldorado, que tema holding J&F, como acionista principal, em função do crescimento da demanda por papel tissue (sanitários) e de decorações em substituição à madeira.

Ele reforçou a tese de que o mercado mundial necessita de uma nova fábrica do porte da Eldorado a cada um ano e um ano e meio. Por isso, não vê problemas com o aumento da oferta de celulose mundial, que deverá ficar em mais de 7 milhões de toneladas até 2020. Um dos motivos é o fato de que as empresas mais eficientes e com menor custo de produção acabarão por substituir as capacidades mais antigas e que possuem maior custo de produção da commodity.