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Delfim Netto: Usineiros não tiveram coragem de falar a verdade para Dilma

Ao participar de seminário promovido na última sexta-feira em Sertãozinho e instado pelo empresário Maurilio Biagi Filho para dar a sua versão pelo distanciamento da presidente Dilma Rousseff do setor sucroenergético, o ex-ministro Delfim Netto afirmou que "lideranças do setor interromperam a interlocução com a presidente por não terem falado a verdade sobre os problemas do setor"


Publicado em: 29/05/2012 às 08:00hs

Delfim Netto: Usineiros não tiveram coragem de falar a verdade para Dilma

Segundo Delfim Netto, estas lideranças deveriam ter mostrado à Dilma Rousseff as dificuldades e o impacto criado pela crise financeira internacional que eclodiu no segundo semestre de 2008 bem como os problemas decorrentes do clima que derrubou a produção de cana-de-açúcar em todas as regiões produtoras do país.

“Omitiram a situação e a presidente se sentiu traída”, explicou Delfim Netto. A conseqüência foi a interrupção da interlocução do setor com a presidente e provocou a demissão de Marcos Jank da presidência da Única – União da Indústria da Cana-de-Açúcar, apontado como a principal ‘liderança’ responsável pelo ‘imbroglio’ com a presidente.

Antes de ser demitido e durante quase um ano, Jank tentou ser recebido pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, mas não teve êxito. Em dezembro, a Única anunciou que o ex-ministro Pedro Parente assumiria a presidência do Conselho Consultivo da entidade.

Poucos dias depois ele foi recebido pela presidente Dilma Rousseff em audiência no Palácio do Planalto, não na condição de presidente do Conselho Consultivo da Única mas sim como presidente da Bunge Brasil. Ao sair do gabinete da presidente e falando aos jornalistas ele fez questão de dizer que tinha conversado com Dilma como presidente da Bunge e não do conselho da Unica.

Fonte: BrasilAgro

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