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Decisão minunciosa encerra etapa morfológica do Freio de Ouro

As virtudes salientes na conformação dos melhores exemplares da raça Crioula na temporada 2012 testaram, até mesmo, o olho treinado dos experientes jurados da prova


Publicado em: 24/08/2012 às 08:05hs

Decisão minunciosa encerra etapa morfológica do Freio de Ouro

Na análise morfológica dos animais, que nesta quinta-feira deu início à decisão da 31ª edição do Freio de Ouro, o alto nível e a qualidade dos competidores exaltaram o potencial da prova como ferramenta de seleção. Realizada no parque Assis Brasil, em Esteio/RS, dentro da programação da Expointer, a disputa tem agenda até domingo, dia 26 de agosto, quando serão conhecidos os seus vencedores.

Oraca do Itapororó lidera entre as fêmeas

O julgamento inicial das 52 fêmeas finalistas foi considerado pelos jurados uma comparação de qualidades. Em primeiro lugar ficou a recordista morfológica do ciclo, Oraca do Itapororó, com a média 9,233. Em segundo lugar está a Freio de Prata 2011, Fantasia Cala Bassa com 8,6, seguida por AS Malke Rancagua e Nevasca da Boa Vista com, respectivamente, 8,517 e 8,433. Em seguida as notas seguem até a nona colocada acima de 8 e até a 25ª acima de 7.

Na avaliação de Francisco Kessler Fleck, jurado das fêmeas ao lado de Ciro Manoel Canto de Freitas e André Luiz Narciso Rosa, a eleição das primeiras éguas foi feita no detalhe. “As 30 primeiras são animais de alto nível e em muito bom preparo. Foi um julgamento de comparar qualidades e não defeitos”, disse, sobre a etapa inicial.

Fleck, que foi jurado da final do Freio na edição 2009, apontou uma evolução no julgamento definitivo desde aquela edição. “Naquela época tínhamos somente três ou quatro expoentes e hoje são cerca de dez. Creio que isso seja um reflexo de que estamos amadurecendo a questão de que os animais bonitos também podem ser bons e os criadores estão trabalhando com essa intenção”.

Sobre a nota da primeira colocada, que apesar de expressiva foi menor que a recebida pelo exemplar na semifinal, o jurado considerou o momento e a comparação. “É uma égua com um conjunto maravilhoso mas alguns detalhes ainda a separam do dez. Aqui também ela estão em um ambiente maior de comparação em relação à classificatória”.

Suprema Atropelo é o primeiro entre os machos

Liderando parcialmente a disputa entre os machos está o Bocal de Ouro, Suprema Atropelo com a média 8,433. Na segunda posição está o representante uruguaio Jaguel Frenazo com 8,2, seguido por Mapaxe da Rio Bonito com a nota 8,0 e Capanegra Martim Fierro com 7,650. A categoria teve mais de 20 concorrentes, dos 52 inscritos, com nota maior do que 7.

Para Christina Freitas Bandeira de Mello, jurada da categoria ao lado de João Luis Arísio e Rodrigo Albuquerque Py, os líderes parciais são cavalos que qualquer criador gostaria de ter. “São animais diferenciados e serviriam para qualquer criatório”, comenta.

Christina ainda observou que a decisão das notas para os melhores posicionados foi feita com base nas particularidades de cada exemplar. “Discutimos uma nota alta para a maioria e ficou quase a metade acima do sete. Entre os dez da ponta o que diferenciou foi realmente o detalhe, a sintonia fina”.

Com a experiência de quem já esteve por outras vezes na pista de Esteio julgando uma final de Freio, a jurada descreveu também uma evolução positiva nos animais. “Nitidamente, a cada ano que passa temos animais melhores na final do Freio e isso é muito bom para a seleção da raça”.

Na sexta-feira, dia 24, terá inicio a avaliação funcional com a análise das andaduras, figura, volta sobre as patas e esbarradas das fêmeas a partir das 7h30min. A decisão acontece no domingo, a partir das 12h, com transmissão ao vivo pelo Canal Rural.

Fonte: ABCCC - Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos

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