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Cresce interesse de estrangeiros por tecnologia sucroenergética brasileira

Não foi raro encontrar, ao longo dos quatro dias da Fenasucro&Agrocana 2012, feiras realizadas entre os dias 28 e 31 de agosto em Sertãozinho, SP, estrangeiros de várias nacionalidades


Publicado em: 20/09/2012 às 18:00hs

Cresce interesse de estrangeiros por tecnologia sucroenergética brasileira

Passaram pelo parque de exposições das feiras profissionais de 40 diferentes países, como Colômbia, Argentina, Peru, Venezuela, Bolívia, Guatemala, África do Sul, Índia, Tailândia, Cuba, Moçambique, Angola.
 
Um dos visitantes foi o boliviano José Luiz Roda, do setor de logística de materiais do Engenho Guabira. “Aceitamos o convite brasileiro para participar da feira e conhecer novos fornecedores para a usina. Assim ampliamos a gama e o universo de provedores de máquinas, equipamentos e insumos, muito mais do que normalmente temos na Bolívia”, conta Roda. Segundo ele, o engenho em que trabalha está aumentando a capacidade de produção, com o objetivo de atingir em breve 3 milhões de toneladas de cana.
 
Flávio Castelar, diretor executivo da Apla, estima em 30% o crescimento do número de estrangeiros visitando as feiras esse ano. Segundo ele, o foco principal da Apla/Apex na Fenasucro ainda são os negócios com a América Latina, que “recebe a maior atenção da nossa inteligência, mas já estamos começando trazer pessoas da África e começando prospectar Ásia”.
 
Novos mercados - Segundo Arlete Canassa Galati, gerente de comércio exterior da Bussola, muitos clientes estrangeiros passaram pelo estande, interessados em adquirir os produtos da empresa. “O mercado internacional está abrindo mais oportunidades de negócios e a expectativa é de que as vendas no mercado interno sejam retomadas no segundo semestre”.
 
Na Caldema, o crescimento do público estrangeiro foi de 15%. “Conversamos com muitos compradores de outros países. O maior interesse deles é devido à variação positiva do câmbio e ao fato de o setor estar em franco crescimento, principalmente na América Latina e África”, explica Alexandre Martinelli, coordenador de comercial e de marketing da Caldema.
 
Já no estande da TGM, a presença dos gringos foi 30% maior do que no ano passado. Segundo Adalberto Marchiori, da área de comunicação da empresa, exportar produtos já está no DNA da TGM, que está praticamente em 35 diferentes países.
 
A maior presença de técnicos e investidores de outros países também foi percebida no estande da Canavialis Monsanto. De acordo com Mauro Violante, da área de desenvolvimento tecnológico da empresa, profissionais de diferentes nacionalidades passaram pelo estande com interesse de buscar o material genético disponível no Brasil. Segundo ele, foram profissionais da Bolívia, Guatemala, Venezuela e Peru, principalmente. “Mas temos variedades desenvolvidas para as condições brasileiras, mas a Canavialis tem projeto futuro de realizar pesquisas voltadas às condições de produção de novos mercados, como América Latina e África.”
 
Esse intercâmbio foi a intenção dos profissionais cubanos que estiveram em Sertãozinho durante a feira. Segundo Sérgio Guillen Sosa, diretor de produção Ascuba (grupo empresarial de Cuba que desenvolve a produção sucroalcooleira no País), eles participaram de várias rondas de negócio com empresas brasileiras, tanto na área industrial como agrícola. “Fizemos contato com 46 empresas ao todo e o resultado foi satisfatório para começarmos a fazer negócio. O nosso objetivo é desenvolver o setor canavieiro de Cuba”, conta Sosa. O principal produto da agroindústria canavieira de Cuba é o açúcar. Mas além da commodity, os cubanos que estiveram em Sertãozinho também procuraram conhecimento e equipamentos numa área muito importante para o desenvolvimento do País: a cogeração de energia.

Fonte: Universo Agro

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