Publicado em: 10/07/2012 às 19:30hs
Os primeiros dias de julho foram de tempo seco em toda região produtora de algodão no país, o que favoreceu os trabalhos de colheita. Na Bahia a área colhida já chega a 17%, seguida do Mato Grosso, com 15%, Goiás com 14% e Mato Grosso do Sul, com 12%. Esses valores estão acima dos observados no mesmo período do ano passado.
O problema é que quanto mais a colheita avança, mais os estragos são sentidos, por causa da chuva em excesso em maio e junho no Centro-Oeste e da seca prolongada na Bahia.
Nos Estados de Mato Grosso e Goiás, os maiores produtores da commodity, as perdas chegam a 30%, já no Mato Grosso do Sul, a queda na produtividade é de 22%. Na Bahia, os estragos não são maiores por causa das áreas irrigadas, mas a produção caiu 20%, em relação a última safra.
Segundo o agrometeorologista da Somar, Marco Antonio dos Santos, o tempo firme e com altas taxas de radiação solar estancaram as perdas e muito provavelmente esses índices não devem se elevar. "Entretanto, não é só a produtividade que foi afetada, a qualidade das fibras também está inferior", afirma Marco Antonio.
As condições climáticas dessa semana continuam favoráveis para o avanço da colheita, pois não há previsão de chuva para as áreas produtoras. Além disso as temperaturas continuarão altas ao longo dos dias e mais baixas durante a noite, bom tanto para o desenvolvimento da planta, quanto para a aplicação de maturadores desfolhantes.
Fonte: Jornal do Tempo
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