O montante histórico deixou bem para trás os R$ 2,010 bilhões alcançados em 2011 e foi além, inclusive, da previsão de crescimento da própria cooperativa que, no primeiro semestre, trabalhava com uma projeção de 10% e um faturamento ao redor de R$ 2,2 bilhões. Com 54 unidades operacionais nas regiões noroeste e norte do Paraná, onde atende a 11,2 mil produtores cooperados, a Cocamar beneficiou-se da forte escalada dos preços das commodities agrícolas para compensar, em parte, a quebra de 30% na safra de soja no ciclo 2011/12 em sua área de atuação. “Foi um ano desafiador”, resume o presidente Luiz Lourenço, lembrando que a menor oferta de soja – e o seu alto custo - reduziu a atividade do parque industrial da cooperativa, que esmagou 620 mil toneladas, contra 860 mil em 2011. Segundo ele, ao preço altamente remunerador da soja, para o produtor, somou-se a colheita de uma supersafra de milho no inverno, igualmente lucrativa, de 780 mil toneladas, a maior da história da cooperativa que, um ano antes, recebera 510 mil.

Varejo - Por outro lado, dois setores continuaram crescendo e já respondem por mais de R$ 1 bilhão do total do faturamento: as vendas de produtos ao varejo, que fecharam 2012 com total de R$ 600 milhões (contra R$ 530 milhões anteriormente) e a comercialização de insumos agropecuários, que atingiu R$ 480 milhões (foram R$ 360 milhões em 2011). Lourenço afirma que a Cocamar tem grande potencial para continuar crescendo, principalmente na região norte do Estado onde atua em 24 municípios desde meados de 2010. Só ali, no ano passado, a cooperativa realizou negócios da ordem de R$ 538 milhões, 50% a mais que os R$ 352 milhões de 2011. No varejo, a estratégia é consolidar a presença de seu amplo portfólio de produtos em milhares de pontos de vendas pelo Brasil e, na área de insumos agropecuários, avançar rumo a novos mercados, inclusive fora do Paraná. Por sua vez, o noroeste do Estado, que inclui a região do arenito, é outro pilar do crescimento da Cocamar. Os planos da cooperativa são fomentar programas inovadores como a integração lavoura, pecuária e floresta, que agrega renda em áreas de pastagens degradadas. E, da mesma forma, trabalhar pelo aumento da produtividade das lavouras de grãos por meio da adoção de técnicas mais modernas por parte dos produtores. “Nossa meta é chegar a 2015 com um faturamento de R$ 3 bilhões”, finaliza o presidente.