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BRF vê acomodação dos custos de produção da empresa

O vice-presidente de Finanças, Administração e de Relações com Investidores da empresa de alimentos BRF, Leopoldo Saboya, aguarda para os próximos períodos uma acomodação dos custos de produção, principalmente pela estabilidade e até recuo das cotações do milho e de outros grãos


Publicado em: 27/03/2013 às 13:20hs

BRF vê acomodação dos custos de produção da empresa

'Tivemos um repique dos preços do milho em novembro, dezembro e janeiro e vemos uma queda em fevereiro e março. Então, devemos ter uma acomodação dos custos nos próximos períodos', declarou antes da posse do corpo diretivo do biênio 2013-2014 do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef).

No final do ano passado, os preços do milho subiram 50% e do farelo de soja, 97%, na comparação com igual período de 2011. Segundo Saboya, ainda há espaço e necessidade de repassar custos para o preço final dos produtos comercializados no exterior. 'As exportações ainda estão em recuperação. Portanto, faremos os repasses pontual e estrategicamente', disse. No mercado interno, entretanto, os repasses foram feitos no ano passado.

Sobre o consumo no mercado doméstico, Saboya disse que geralmente o primeiro trimestre é o período mais fraco do ano. 'E especificamente a base de comparação de 2013 ante 2012 será diferente porque éramos uma empresa e agora somos outra. Tivemos que vender ativos, suspender marcas e integrarmos outras. Mas as vendas, no geral, tanto no mercado doméstico quanto nas exportações estão dentro do esperado', declarou o executivo.

Crédito

O executivo achou positivos os números de estoque de crédito divulgados nesta terça-feira pelo Banco Central, principalmente o crescimento de 16,8% no acumulado dos 12 meses. 'Para a pessoa física, quanto mais crédito, as famílias consomem mais. Só precisamos ficar de olho se a utilização desses recursos serão para alimentos ou bens duráveis. Mas como o crédito está com prazos mais longos e mais barato, está menos preocupante do que no ano passado', disse.

Já para a BRF, nada muda, por enquanto. 'Temos tranquilidade no acesso ao crédito no Pais e no exterior e estamos sempre olhando as oportunidades de captarmos recursos', completou.

Fonte: Agência Estado

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