Publicado em: 11/04/2013 às 17:30hs
A novata BrasilAgro, após seis anos investindo em aquisição e desenvolvimento de terras brasileiras, inicia uma nova etapa em suas operações, o desinvestimento das terras.
De acordo com Ana Paula Ribeiro, diretora de relações com investidores, a companhia atingiu 22% de terras que já entraram num ponto que não têm mais transformação para agregar valor e estão no momento de desinvestir e iniciar um novo projeto. Em relação às terras que estão em desenvolvimento, o valor atinge 40% e não desenvolvido, 38%.
"Temos bastante hectares para serem desinvestidos. Nossas fazendas são grandes e o mais provável é que começaremos a vender pedaços das terras. Acreditamos que isso será cada vez mais recorrente. Sempre compramos propriedades de alto potencial de valorização, para desenvolvermos e depois vender", destaca Ana Paula Ribeiro.
Atualmente, a empresa possui mais de 166 mil hectares de terras distribuídos em regiões de fronteiras agrícolas. A BrasilAgro, que começou suas operações em 2006, realizou primeiramente uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) na BM&FBovespa para arrecadar o dinheiro, no qual captou R$ 584 milhões, e iniciar seus investimentos. Desde então, a companhia não precisa de financiamentos para suas aquisições, que são realizadas através de capital próprio, assim como a compra de fertilizantes e adubo.
Após seis anos, a companhia comemora o início da geração de caixa. Neste ano, que começou em julho do ano passado e termina em junho deste ano, a empresa registrou nos seis primeiros meses lucro líquido de R$ 13,8 milhões e receita líquida de R$ 11,4 milhões. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 23 milhões. Todos os valores foram considerados como satisfatórios pela diretora.
Ana Paula aponta três fatores essenciais para a geração de valor. O primeiro é a transformação da terra, como, por exemplo, o cerrado em área agrícola. Em segundo lugar está o fluxo de operações, com forte geração de caixa operacional, com destaque para a venda de cana de açúcar, pastagem, algodão, milho e soja. E por último a apreciação do Real. "Qualquer que seja a valorização do Real no valor das terras tem impacto positivo. Nos últimos 10 anos, as terras tiveram valorização entre 6% e 10%", pontua a diretora.
Para não sofrer com questões climáticas, a BrasilAgro tem investimentos em todo o Brasil. No entanto, Ana Paula avulta que os estados do Maranhão, Tocantins e Bahia são as regiões vitrines com o maior potencial de valorização.
Fonte: Brasil Econômico
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