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Bayer CropScience vive o cio da terra no Brasil

A Bayer CropScience vai afagar a terra, conhecer seus desejos e fecundar o chão do Brasil


Publicado em: 19/12/2012 às 13:50hs

Bayer CropScience vive o cio da terra no Brasil

O país está no centro da estratégia de expansão internacional dos alemães. Cerca de um quarto dos investimentos globais da empresa será adubado, plantado e cultivado em terras brasileiras.

Segundo fontes próximas à Bayer, as cifras devem chegar perto dos dois bilhões de euros até 2016. Os planos passam tanto pelo crescimento greenfield, com o aumento da capacidade fabril, quanto por aquisições.

O grupo vai partir para a compra de fabricantes de sementes – o que, inclusive, tem tudo para ser o primeiro fruto de um processo de consolidação da indústria nacional. Um dos alvos da Bayer é a Coodetec, que concentra quase 10% das vendas de sementes de soja transgênica no país.

Trata-se de uma cooperativa controlada por produtores agrícolas do Paraná, com faturamento anual em torno de R$ 150 milhões. A empresa tem uma presença razoavelmente forte na Região Sul, onde tira preciosos pontos de market share das espécies mais robustas do setor, como a própria Bayer CropScience. Ou seja: os alemães querem comprar produção, market share e ainda tirar da sua lavoura uma espécie de carrapicho, que incomoda e muito no mercado do Sul.

Os investimentos refletem a crescente relevância do Brasil para a operação da Bayer CropScience. Hoje, a subsidiária responde por 5% do faturamento global do grupo. A expectativa é que esta fatia chegue a 15% até 2016. Os alemães não projetam um crescimento nem sequer próximo disso para nenhum outro país no mesmo período.

A Bayer aposta suas fichas na assemblage aquisições/ crescimento orgânico para atingir um salto significativo como este em um período relativamente curto. Além disso, o grupo vai aumentar seu portfólio de produtos no Brasil, com ênfase no lançamento de novas
variedades de trigo.

Procurada pelo RR, a Bayer declarou "desconhecer as informações". Já a Coodetec negou qualquer negociação.

Fonte: Relatório Reservado

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