Na última quinta-feira (31), a Cocari abriu para visitação a Unidade Industrial de Aves, que tem inauguração prevista para 31 de agosto. O objetivo da visita, segundo o presidente da cooperativa, Vilmar Sebold, foi de mostrar o que está sendo feito na unidade, pois quem passa pela rodovia, tem apenas uma pequena noção da obra, mas não consegue vislumbrar sua real  dimensão. O presidente acrescentou ainda outro motivo que levou a cooperativa a abrir para visitação neste momento. “Como agora começaram a chegar os equipamentos, e na sequência começa o processo de montagem desses equipamentos, não será permitida a visitação. Por isso, marcamos essa data para trazer as pessoas que são formadoras de opinião: a imprensa, as autoridades, os empresários, para conhecer o que está sendo feito pelo desenvolvimento da nossa região”, esclareceu.

Visitantes

Dentre os visitantes da Unidade Industrial de Aves estavam o prefeito Cyllêneo Pessoa Pereira Junior, o vice-prefeito Luiz Claudio Fachini, o presidente da Câmara, Alécio Bento da Silva e demais vereadores; o diretor do BRDE, Nivaldo Assis Tagliari; e o vice-presidente da Cocamar, José Fernandes Jardim Junior, além de representantes do empresariado local. Os visitantes foram recepcionados pelo presidente da Cocari. Também participaram membros da Diretoria e dos conselhos de Administração e Fiscal, gerentes e colaboradores da cooperativa.

Sonho cooperativista

O diretor do BRDE, Nivaldo Assis Tagliari, se disse satisfeito em participar deste importante momento da cooperativa, vendo ser realizado o sonho do cooperativismo, o sonho de expansão da Cocari em contribuir para o desenvolvimento regional. Ele falou ainda dos motivos que levaram o BRDE a investir no projeto da Cocari. “O que nos engajou nesse projeto foi a maneira com que a Cocari mudou suas estratégias, profissionalizando o negócio. Este projeto foi desenhado justamente nesse foco que são os pilares da Cocari, e que nós entendemos muito bem”. Tagliari conhece a preocupação da Diretoria da Cocari com o cumprimento dos cronogramas firmados com a instituição financeira, e dirigindo ao presidente, acrescentou: “Vilmar, tenho certeza de que o cronograma está sendo cumprido, mas não é esse o objetivo de estarmos aqui, e sim compartilhar com todos vocês o momento de conclusão dessas obras. Sabemos que essa obra traz grandes vantagens para todos os cooperados da Cocari, mas principalmente para fazer com que nossa região cresça cada vez mais”, salientou, desejando que a unidade prestes a inaugurar não seja a última no plano de expansão da cooperativa. “Que ela vá se multiplicando, trazendo o que nós esperamos do cooperativismo, na justa distribuição de renda, a participação, a seriedade com que se faz o trabalho profissional da Cocari”, frisou.

Apoio na viabilização

O presidente da Câmara, Alécio Bento da Silva, falou da importância da instalação da indústria em Mandaguari, especialmente na Vila Vitória e destacou a participação da Câmara na viabilização da instalação do empreendimento na cidade. “A Câmara se sente satisfeita em saber que essa obra já está chegando na sua fase final. Os vereadores lutaram para que realmente fosse implantada essa obra aqui na Vila Vitória, que vai valorizar essa área, onde nasceu Mandaguari. E tenho certeza de que daqui para a frente será uma nova Vila Vitória, essa obra será para Mandaguari um futuro. E você, Vilmar, que acredita em Mandaguari, está de parabéns”, sintetizou.

Fortalecimento de Mandaguari

O prefeito Cileninho também falou da satisfação em ver a evolução da obra e relembrou a alegria que sentiu quando, no dia seguinte de sua eleição, foi chamado na Cocari para receber a notícia de que Mandaguari havia sido escolhida, por critério técnico, para abrigar a obra da Unidade Industrial de Aves. “Depois passou-se às negociações, a compra do terreno, e esses quase quatro anos para desenvolver a obra nessa grandeza que estamos vendo. Depois boas notícias foram acontecendo, como é o caso do contorno, cujo traçado era para ser outro e foi modificado, dando mais visibilidade ainda à obra”, disse.

O prefeito destacou a importância da indústria para o fortalecimento de Mandaguari no cenário estadual. “A cidade está em pleno desenvolvimento. Mandaguari ocupa hoje, no Paraná, a 23ª posição em IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Entre 399 municípios é o 17º que mais gera emprego. Estamos, sem dúvida, entre as cidades que mais se desenvolvem na região, graças, é claro, a investimentos como esse da cooperativa. A movimentação dessa grande obra vai gerar empregos diretos e indiretos e vai atrair investimento. E Mandaguari só tem a ganhar”, resumiu o prefeito.

Capacidade  produtiva

O gerente de Novos Negócios da Cocari, Claudio Rogério Raimundini, apresentou números que dão conta do volume de material aplicado nas obras da Unidade Industrial de Aves, desde a conclusão da elaboração do projeto, em janeiro de 2009, o que demonstra o controle da cooperativa nos materiais utilizados na obra, da quantidade de pregos, até a quantidade de madeira.

Raimundini destacou também a capacidade de abate da unidade. “A capacidade nominal inicial de abate será de 10 mil aves por hora e estamos buscando 12 mil aves por hora. A capacidade de abate por turno, que inicialmente seria de 55 mil, nós estamos elevando para 70.400. A capacidade final de abate para dois turnos, inicialmente previsto em 110 mil por dia, será de 140 mil aves. Na planta que existe hoje, nós teríamos a capacidade de abater em dois turnos, em um dia, 176 mil aves. Com os equipamentos adquiridos e as mudanças que fizemos no layout, vamos chegar a 214 mil aves abatidas por dia”, conclui.

Pendências

Vilmar Sebold reafirmou aos visitantes o firme propósito de inaugurar a Unidade Industrial de Aves no dia 31 de agosto, mas elencou alguns problemas que fogem do controle da cooperativa. “Temos dois ou três problemas que ainda precisamos equacionar. Uma preocupação é com a paralisação das obras da rede da Copel. Houve um problema de adequação da rede de energia em função do desvio. Estamos em contato diariamente com a Copel para conseguirmos equacionar isso.”

Outra questão apontada por Sebold diz respeito à adutora e emissário. “Agradecemos ao prefeito pelo decreto, nos permitindo utilizar a área de domínio da estrada municipal e conseguimos acertar com o DER a utilização da área do desvio para poder fechar o processo de bombeamento de água para a utilização na indústria.”

O acesso à unidade industrial é mais uma pendência cuja solução, conforme explicou o presidente da Cocari, tem contado com a parceria e apoio do prefeito Cileninho, do ex-deputado Miltinho Pupio, do secretário de Agricultura Norberto Ortigara. Dentro da unidade terão 23.500 metros quadrados de asfalto. Ocorre que o desvio de Mandaguari vai passar ao lado da indústria e num nível abaixo da estrada, que foi a primeira estrada de Mandaguari, e não foi previsto nesse desvio um pontilhão. “Estamos discutindo isso porque é um acesso extremamente importante para todos os agricultores da região que transitam com as máquinas, já que há um impedimento legal de transitarem em área asfaltada. Temos conversado com o prefeito, que tem nos auxiliado em relação a isso. Fomos a Curitiba, temos conversado com o presidente da Câmara, para buscar uma forma de equacionar, porque é extremamente importante. Não adianta termos uma das mais modernas indústrias do Brasil de abate de aves, se nós não conseguirmos equacionar essas pendências.

Então, queremos deixar claro, nosso objetivo é inaugurar a obra em 31 de agosto, mas dependemos dessas soluções, que não são internas. Não é falta de empenho, não é falta de esforço”, enfatizou Sebold, acrescentando que a Diretoria da Cocari continuará contando com o apoio dos parceiros para a solução dos percalços.

E pediu especial apoio do BRDE, na pessoa do diretor Nivaldo Assis Tagliari. “Se puder nos ajudar  em relação a isso. É fundamentalmente importante. Nós estamos investindo aqui R$ 90 milhões. O BRDE é o único agente financeiro no projeto, então precisamos de ajuda para resolver essas pequenas coisas, para que a gente consiga estabelecer um padrão, não somente um padrão internacional dentro da unidade, mas na área externa também. Sabemos de todas as dificuldades que temos no município, que dentro da previsão orçamentária não tem recursos para fazer esse pedaço de asfalto aqui na frente. Precisamos da parceria do Estado para resolver e fechar com chave de ouro. Temos um alvo, temos um objetivo e acreditamos que é possível”, finalizou  o presidente da Cocari.

A Unidade Industrial de Aves da Cocari tem 32.500 metros quadrados. Construída dentro das normas do Ministério da Agricultura e atendendo às exigências do mercado europeu. O empreendimento se configura como um importante fomento à avicultura da região.