Publicado em: 23/08/2012 às 13:10hs
A propriedade observa todas as normas de higiene exigidas para o processamento, que se inicia na colheita da cana, na moagem, no processamento e na expedição do produto. “Este é nosso diferencial, a elaboração de um produto natural, sem conservantes, de qualidade, e respeitando o meio ambiente”, destacou um dos proprietários, Vitor Puppe.
Essa condição importante, resultado de trabalho realizado pelos extensionistas da Emater/RS-Ascar no município junto aos seus proprietários, Vitor e Leci Puppe, que há quatro anos construíram a agroindústria, atraiu a atenção de alunos do Curso Técnico em Agroindústria, do Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que participaram de visita técnica ao local na segunda-feira (20/08) para acompanhar na prática a rotina de um empreendimento familiar.
Os estudantes foram conduzidos pelo professor Volmir Antonio Polli e pelos extensionistas Alencar Junior Zanon e Carmem Michalski, e receberam orientações que abordaram toda a cadeia produtiva da cana-de-açúcar.
“A Puppe é um empreendimento de cadeia curta, ou seja, a matéria-prima é produzida e processada na propriedade, e a produção, comercializada diretamente ao consumidor. Com isso, o produtor agrega valor a sua produção e o consumidor pode adquirir um produto mais nutritivo e saudável”, disse engenheiro agrônomo Alencar Zanon.
Visita
A visita dos alunos teve seu início junto à lavoura de cana da família Puppe, onde foram abordados assuntos relativos ao sistema de cultivo, variedades, adubação e tratos culturais, além de demonstração do corte, limpeza e transporte da cana-de-açúcar, até a agroindústria.
Alencar Zanon apresentou os cultivares de cana-de-açúcar que estão sendo testados na propriedade, com intuito de selecionar aquelas que apresentem boa adaptação ao local de cultivo e, principalmente, que aumentem a quantidade e a qualidade do açúcar mascavo e do melado produzido na agroindústria.
Após, os alunos acompanharam o processamento do melado e do açúcar mascavo, no qual a agricultora Leci Puppe relatou que a família tinha por tradição produzir esses produtos para o consumo familiar, porém, percebendo a necessidade de partir para o comércio formal, teve a necessidade de construir e legalizar a atividade, realizando cursos e investindo no prédio e em equipamentos adequados. “Isso facilitou nosso trabalho, pois estamos num ambiente saudável, adequado, e produzindo alimentos que fazem bem para a saúde das pessoas”, disse Leci.
De acordo com a extensionista Carmem Michalski, os alunos visualizaram as condições operacionais da agroindústria. “São condições de excelência que levam à reflexão sobre a importância da cadeia produtiva e a necessidade de inovação de empreendimentos no meio rural, bem como perceber a importância da formação profissional nessa área”, disse ela.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
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