Publicado em: 17/02/2012 às 13:20hs
No entanto, nas cooperativas, a produção de energia elétrica é novidade. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apenas 2% da energia produzida no Paraná são provenientes de termoelétricas abastecidas com os restos da cana, o equivalente a 352,7 mil KW/hora. E a maioria dos casos, segundo a Associação dos Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), são de cogeração, em usinas de álcool e açúcar.
Outras iniciativas - De acordo com dados da Ocepar, entidade que representa as cooperativas do estado, apenas a Cocamar aproveita a biomassa da cana para produzir energia elétrica. Outras cooperativas como a Lar Agroindustrial (Medianeira) e a C.Vale (Palotina), implantaram em 2011 projetos pilotos com resíduos industriais dos frigoríficos. A maioria das cooperativas aproveita a biomassa para gerar vapor, que é utilizado nos processos industriais.
Pioneirismo - “Percebemos que os cooperados estão cada vez mais preocupados em reduzir impactos ambientais e também em produzir energia elétrica. No Paraná, temos um pioneirismo nas cooperativas na questão de geração de energia [incluindo calor]. Para isso, a Ocepar possui um fórum ambiental que discute esses assuntos com os cooperados”, disse o analista técnico e econômico da Ocepar Gilson Martins.
Capacitação - Outra medida adotada pela Ocepar para incentivar as cooperativas a investir no setor foi a criação de um curso MBA em Bioenergia, uma parceria com a Itaipu Binacional e a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo Martins, o importante é que cada cooperativa produza energia com os resíduos que produz. “Com isso, reduziremos os impactos ambientais”, frisa. “Todo o processo tem de ser viável, mas nem sempre rentável. A rentabilidade pode vir com o tempo. Temos várias cooperativas do estado que estão com projetos pilotos e em andamento para a questão da produção de energia”, acrescenta Martins.
Fonte: Gazeta do Povo
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