Oportunidades de grandes negócios para produtores rurais, este é o foco da Expodireto Cotrijal que teve a sua 13º edição nos dias 5 a 9 de março, em Não-Me-Toque/RS. O evento que trouxe como principais temas o seguro agrícola e a irrigação, mostra que os produtores gaúchos, segundo a proposta do encontro, precisam discutir soluções para as grandes estiagens que agridem as lavouras de milho e soja.

E como não podia ficar de fora uma das mais importantes feiras do agronegócio gaúcho, o Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) teve pela primeira seu stand no encontro. Por meio da parceria com a Sebrae/RS, que já faz parte da feira há oito anos com a rodada internacional de negócios, a Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS) levou ao conhecimento do público presente informações sobre o PNDS e sua importância para a sustentabilidade da cadeia suinícola. Ponto alto do encontro foi a reunião realizada com uma das mais importantes empresas do mercado comprador de carne suína, a Brasil Foods (BRF). No encontro, a agroindústria conheceu um pouco mais da atuação do PNDS no estado e já agendou para o mês de abril dois treinamento no curso “Qualificação Profissional em Suinocultura”, realizado em parceria com o Senar/RS.

“A Expodireto é uma feira internacional e dinâmica focada no produtor rural e se se diferencia da Expointer, uma feira urbana e com grande movimento de público em geral”, explica Rodrigo Rizzo, gestor do PNDS no Rio Grande do Sul.

O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, esteve presente no 4° Fórum Nacional do Milho, durante o primeiro dia do encontro. Reunindo representantes dos setores público e privado, o fórum teve como tema central a “Interação com o MAPA: Políticas em tempos de crises, estiagem e supersafra”. De acordo com o presidente da ABCS, “nosso grande problema se encontra nos valores de comercialização do milho que atingem índices desproporcionais à sustentabilidade do setor, aliado a um desequilíbrio entre oferta e demanda”, defendeu. Para a ABCS, a ausência de um plano de contingencia e um planejamento estratégico são principais responsáveis pelas crises reincidentes no setor, “que resulta em um ônus que o suinocultor brasileiro não tem mais condições de arcar”, argumentou o presidente.

O evento neste ano trouxe para a cidade cerca de 71 nacionalidades diferentes, 185 mil produtores, valor 15% maior que no ano anterior. Segundo o presidente da feira, Nei César Mânica o faturamento foi recorde, com R$ 1,106 bilhão.