Publicado em: 29/11/2024 às 14:00hs
A busca por uma dieta equilibrada e economicamente viável é um dos principais desafios na produção de proteínas animais. No caso das aves, essa meta é ainda mais complexa devido à dificuldade em absorver o fósforo presente nos alimentos de origem vegetal. “O fósforo encontrado em fontes vegetais está ligado à molécula de fitato, o que o torna inacessível ao metabolismo das aves”, explica Fabio Zotesso, especialista da Auster Nutrição Animal.
A solução para essa limitação está no uso da fitase, uma enzima que quebra a molécula de fitato, liberando o fósforo fítico para ser absorvido pelas aves. Sem essa intervenção, o nutriente permanece indisponível e é excretado. Além disso, o fitato interfere na absorção de outros minerais, aumentando a necessidade de suplementação. Com a inclusão da fitase, é possível reduzir entre 40% e 60% a dependência de fontes suplementares de fósforo, conforme a dinâmica de preços dos insumos utilizados na dieta.
“Essa redução é fundamental porque diminui os custos e torna a dieta mais eficiente. No entanto, a dosagem da fitase deve ser adequada para garantir resultados significativos. Uma dosagem padrão libera apenas parte do fósforo fítico, mas a prática de superdosing — com aplicação de três a cinco vezes a dosagem convencional — potencializa os efeitos da enzima, minimizando o impacto antinutricional do fitato e melhorando a eficiência alimentar”, detalha Zotesso.
O aumento da biodisponibilidade de fósforo e de outros minerais favorece processos metabólicos essenciais, como a mineralização óssea, a saúde da pele e das patas, e o fortalecimento do sistema imunológico. Além disso, contribui para a redução de miopatias e melhora o desempenho produtivo das aves. “A Auster trabalha constantemente no desenvolvimento de soluções que aprimorem esses resultados na avicultura”, conclui o especialista.
Fonte: Portal do Agronegócio
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