Começa no dia 1º de outubro e vai até 1º de dezembro o período do vazio sanitário do algodão em Mato Grosso do Sul. A restrição ao plantio da cultura foi determinada por uma resolução da secretaria estadual de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), como forma de controlar o "Bicudo do Algodoeiro" (Anthonomus grandis) .

O vazio sanitário, conforme a Seprotur, será aplicado em 12 municípios do Estado: Água Clara, Alcinópolis, Camapuã, Cassilândia, Chapadão do Sul, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Pedro Gomes, Rio Verde, São Gabriel do Oeste e Sonora.

A resolução determina também que os produtores destes municípios têm até o dia 30 de setembro para fazer a destruição dos "restos culturais ou materiais inaproveitáveis" do algodoeiro. O descumprimento levará o produtor a ser autuado pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro).

Com a autuação, o produtor deixará de receber o Certificado de Destruição de Soqueira. O documento permite o recebimento de incentivos por meio do Programa de Desenvolvimento da Produção Agropecuária de Mato Grosso do Sul (PDagro).

De acordo com a secretaria, a safra 2011/2012 do algodoeiro está na fase final de colheita. A área plantada em Mato Grosso do Sul com a cultura foi de 62 mil hectares e a produção deve atingir as 241,8 mil toneladas.

A praga

O "Bicudo do Algodoeiro" é um besouro originário da América Central, que utiliza suas mandíbulas para perfurar o botão floral e a maça dos algodoeiros. Os registros de seus primeiros ataques a lavouras no Brasil são de 1983, no Nordeste do País.

Conforme a Iagro, a destruição dos restos culturais das lavouras de algodão é fundamental para combater a praga, porque nestes materiais o besouro sobrevive a espera da nova safra para se multiplicar.

Em razão dessa característica, o coordenador do Programa de Controle do Bicudo do Algodoeiro na Iagro, Geraldo Gélio, diz que vazio sanitário da cultura será fiscalizado com rigor pelo órgão, inclusive, com técnicos fazendo fiscalizações a campo nas propriedades do Estado.