Estas são as vantagens do secador solar de grãos, apresentado pela Emater/RS-Ascar durante a 13ª Expodireto Cotrijal. Utilizando como fonte de aquecimento do ar um coletor solar armazenador de energia, a estrutura montada na Feira tem capacidade para 50 sacos de milho. No espaço, também há um silo de alvenaria, que armazena até 200 sacos de milho.

“Estamos abordando todo o processo de secagem, desde a escolha do local onde o secador deve ser construído, os materiais mais recomendados e a elaboração do projeto, além da maneira correta de se armazenar o produto”, explica Justino Alberti, técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar em Casca e coordenador da parcela.

Alberti salienta que qualquer tipo de grão pode ser utilizado no secador solar. O tempo de secagem varia conforme a temperatura, o tipo de grão e a umidade do produto. “No verão, com as altas temperaturas, leva-se em torno de 60h para secar grãos de milho com 22% de umidade. A quantidade seca depende da capacidade de carga do secador”, ressalta Alberti. Com o secador solar, o produtor gasta, em média, 20 centavos em energia elétrica por saco, já que a estrutura necessita de um exaustor para que o calor coletado seja insuflado através da massa de grãos. “O produtor gastaria, só em frete para levar o produto até uma cooperativa ou armazenadora, cerca de R$ 2,00 por saco”, compara Alberti. O investimento para se construir o secador solar de grãos é pago em três anos e custa 1/3 do que seria necessário para se construir um silo metálico.

O produtor Valmir Gottems conta que construiu dois silos com capacidade para mil sacas cada, ele está começando a utilizar a tecnologia e gostou do resultado. “Não preciso mais pagar frete para a secagem, todo o milho que uso na propriedade e vendo para os vizinhos é secado no local”. Já seu Idanir Butrinoski, conheceu o secador nesta edição da Expodireto e demonstrou interesse em obter esta tecnologia. “Isso é excelente para o pequeno produtor, os grãos ficam na nossa mão, não precisa enviar a nenhum lugar, vamos economizar.”

No Rio Grande do Sul, a Emater/RS-Ascar divulga esta tecnologia, trazida de São Paulo, desde 1997. Idanir Bianchetti, técnico da Emater/RS-Ascar, lembra que o trabalho da Instituição é oferecer tecnologias que utilizem cada vez menos esforço. “Estamos aqui para facilitar a vida de quem trabalha no campo” disse.