Maquinas e Implementos

Área agrícola maior abre espaço para máquinas brasileiras

A agricultura vive bons momentos, o que tem levado os produtores a elevar a área semeada. Bons preços e melhora na renda farão com que a produção de grãos do Mercosul supere os 300 milhões de toneladas nesta safra que se inicia


Publicado em: 29/10/2012 às 15:20hs

Área agrícola maior abre espaço para máquinas brasileiras

O resultado são novos mercados para a indústria nacional de máquinas e equipamentos agrícolas. Neste ano, o destaque fica para a Bolívia, país que chegou mais tarde na produção de grãos e, por isso, eleva a importação de máquinas.
 
De janeiro a setembro deste ano, os produtores bolivianos importaram 186 colheitadeiras produzidas no Brasil, 82% mais o que em igual período do ano passado.
 
O principal mercado para as indústrias brasileiras nesta região ainda é a Argentina, mas, com as dificuldades impostas pelo governo vizinho, as compras diminuíram 40% neste ano em relação ao anterior.
 
Apesar da boa evolução das vendas em alguns mercados, as exportações brasileiras de máquinas não repetem o bom desempenho de 2008, período que antecedeu o reflexo da grave crise financeira mundial.
 
Nos nove primeiros meses deste ano, as vendas externas somaram 1.007 colheitadeiras, 41% menos do que em 2011. Pelo menos 78% dessas vendas ocorreram na América Latina.
 
O cenário para as exportações brasileiras já foi melhor, principalmente quando o câmbio estava mais favorável. Mesmo assim, o país está conseguindo exportar para algumas das principais economias da Europa e do Leste Europeu.
 
Entre os países industrializados importadores de colheitadeiras do Brasil estão Alemanha, Itália e Bélgica.
 
No Leste Europeu, o destaque fica para a Polônia. Turquia, África do Sul e países asiáticos também têm boa participação na compra de máquinas brasileiras.
 
Nas vendas de colheitadeiras de setembro, a New Holland teve participação de 35%, seguida da John Deere (31%), da Case (17%) e da Massey Ferguson (13%). No acumulado do ano, a liderança é da John Deere (63%).
 
Nas exportações de tratores, a maior fatia no ano fica com a Massey Ferguson (54%), seguida da New Holland (16%) e da Valtra (14%).
 
Produtividade melhora nas lavouras de cana
 
A moagem de cana-de-açúcar continua em ritmo menor. Até o fim da primeira quinzena deste mês, as usinas do centro-sul processaram 419 milhões de toneladas de cana, 4% menos do que em igual período de 2011.
 
Um dos cenários favoráveis neste ano é a recuperação da produtividade agrícola das lavouras. Na primeira quinzena, a produção foi de 75,1 toneladas de cana por hectare, 22% mais do que em igual período de 2011. No acumulado desta safra, a produtividade média é de 74 toneladas, acima das 64,4 da safra anterior.
 
A Unica (entidade do setor) apurou que a produção de álcool soma 16,7 bilhões de litros nesta safra, 8% menos do que em 2011.

Fonte: Folha de S. Paulo

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