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Queijos de Minas terão centros de maturação

Entrepostos vão garantir qualidade e habilitar a comercialização para outros estados


Publicado em: 21/01/2013 às 12:10hs

Queijos de Minas terão centros de maturação

Produtores do Queijo Minas Artesanal das regiões do Serro, Canastra e Serra do Salitre terão, a partir de março, um centro de maturação em cada uma das regiões produtoras. Os queijos que passarem pelos entrepostos de maturação poderão ser comercializados em outros estados. “A comercialização fora do nosso Estado é um anseio antigo dos produtores. Enquanto em Minas o mercado já está estabilizado, há um grande potencial de demanda em estados como São Paulo, Rio e Brasília”, explica a assessora técnica da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Ana Helena Cunha.

A maturação é um processo regulamentado por legislação federal, exigida para os queijos produzidos com leite cru, um dos itens que caracteriza o tipo artesanal mineiro. “Durante a maturação, o queijo adquire os parâmetros microbiológicos e físico-químicos exigidos pela legislação e que vão garantir a qualidade do produto e a segurança do consumidor”, explica a assessora técnica.

O centro é uma estrutura onde os queijos chegam, são limpos e seguem para o processo de maturação, que dura 14 dias para a região do Serro, e 21 dias para Canastra e Serra do Salitre. Depois de maturado, o queijo é embalado e distribuído. Ana Helena Cunha destaca uma das principais queixas dos produtores: a falta de espaço para maturar a produção. “Os entrepostos de maturação vêm atender esta demanda”, afirma.

Serão contemplados os municípios do Serro, Medeiros e Rio Paranaíba, e a gerência vai ficar por conta das cooperativas de produtores de queijo das respectivas regiões. Cada centro é capaz de receber cerca de quatro toneladas e meia por período de maturação. Serão aceitas apenas produções de queijarias cadastradas no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

A construção foi viabilizada por meio de convênio entre Emater-MG e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), com apoio das cooperativas e do Sistema Ocemg, que também custeia os exames feitos nos animais (brucelose e tuberculose), além de análises do queijo e da água.

Museu do queijo

Em Medeiros, Serra da Canastra, além do centro de maturação, será implantado também o museu do queijo. “A proposta é que ele seja uma referência na cultura da fabricação do queijo na região, reunindo peças antigas que contém a história dos processos utilizados ao longo dos tempos”, afirma Ana Helena. O museu funcionará também como ponto de apoio para a venda da produção e como centro de capacitação dos produtores.

Fonte: Globo Rural On-line

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