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LEITE: Dos Campos Gerais para o interior de SP

O mercado consumidor de 22 milhões de pessoas, população da Grande São Paulo, fez com que duas cooperativas dos Campos Gerais atravessassem a divisa do Paraná para investir no estado vizinho


Publicado em: 27/11/2012 às 13:50hs

LEITE: Dos Campos Gerais para o interior de SP

A Castrolanda, de Castro, e a Batavo, de Carambeí, aguardam a liberação da licença ambiental para iniciar a construção de uma Unidade de Beneficiamento de Leite (UBL) na cidade de Itapetininga, interior de São Paulo. Será o primeiro investimento em indústria de uma cooperativa paranaense fora do estado.

Localização estratégica - “A Grande São Paulo consome 6 milhões de litros de leite diariamente e o estado só produz 1,5 milhão. Queremos abocanhar parte deste público”, revela com Edmilton Aguiar Lemos, superintendente de operações lácteas das duas empresas. Itapetininga foi escolhida pela sua localização estratégica, apenas 170 quilômetros da capital. A previsão é de que a obra comece ainda em novembro e esteja finalizada no prazo de um ano. O investimento no negócio gira em torno de R$ 80 milhões, sendo que 60% sairão dos cofres da Castrolanda e o restante da Batavo – o lucro será dividido na mesma proporção.

Instalação - A UBL será instalada em um terreno de 63 hectares, já adquirido, e, na primeira fase, terá capacidade de produzir um milhão de litros/dia. Para as fases seguintes (ainda sem data de conclusão), as empresas avaliam investir em sucos, iogurte, produtos a base de soja e outros refrigerados, chegando a capacidade máxima de dois milhões de litros/dia. Além de industrializar a produção dos associados das duas cooperativas, o planejamento é receber de terceiros e produzir para os mesmos.

Incentivo fiscal - Outro motivo que levou a construção da indústria de leite em São Paulo é o benefício fiscal oferecido pelo governo paulista. Com a Unidade instalada no estado, as empresas pagarão 18% de imposto, mas receberão crédito de 14%. Ou seja, o imposto será de apenas 4%. “Não somos competitivos produzindo leite no Paraná e enviando para São Paulo em função dos impostos. Produzir lá muda esse cenário”, conta Lemos. Essa será a terceira UBL que as duas cooperativas realizam no modelo de intercooperação. Em 2008, uma indústria foi inaugurada em Castro ao custo de R$ 95 milhões e, no ano passado, outra começou a funcionar em Ponta Grossa após investimento de R$ 60 milhões.

Fonte: Gazeta do Povo

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