O programa, que pretende garantir a qualidade na produção da carne suína por pequenas indústrias frigoríficas do território brasileiro, conta com o Senai para prestar consultoria e execução técnica aos frigoríficos que pretendem adquirir o selo de qualidade.

Wolmir de Souza, presidente do INCS, destaca que a inclusão do Senai no Programa oficializa ainda mais a proposta do Instituto de prezar pelas boas técnicas de industrialização da carne suína. “O Senai se encaixou com a demanda que estamos buscando para o projeto, eles tem pessoal e são bem estruturados para auxiliar no trabalho de qualificação dos frigoríficos, além de oferecer uma série de oportunidades em questões técnicas e laboratoriais”, afirma de Souza.

O diretor adjunto do Senai, Almeri Dedonato, enfatiza a participação da entidade como apoio ao projeto de qualificação da carne suína. “Desta maneira estamos cumprindo com a missão do Senai, que é de fortalecer e tornar mais competitiva a indústria catarinense”, explica Dedonato.

O Senai também irá auxiliar o Instituto Nacional da Carne Suína na obtenção de recursos para subsidiar o projeto, fazendo com que os frigoríficos que aderirem ao Programa de Qualificação da Carne Suína sejam isentos de custos relacionados a consultoria e obtenção do selo de qualidade da carne suína.

O trabalho do Senai junto aos frigoríficos será de pré-certificação, ou seja, um frigorifico que deseja obter o selo de Qualidade da Carne Suína receberá do Senai consultoria para adequação do espaço físico, manipulação de alimentos, entre outros itens. A consultoria realizada pelo Senai será dividida em três etapas. A primeira etapa consiste na realização de uma workshop de oito horas em conjunto com os técnicos das empresas participantes. Os temas abordados no workshop serão os seguintes:

- Contaminações, perigos na manipulação dos alimentos;
- Pré-requisitos do Programa de Boas Práticas de Fabricação;
- Procedimentos Padronizados;
- Legislação.

Na segunda etapa será realizado o diagnóstico e a avaliação do processo produtivo, levantamento de melhorias no processo produtivo e elaboração de plano de ação. A terceira etapa visa orientar para a elaboração de documentação para controle (Manual de Boas Práticas de Fabricação e Procedimentos Padrão de Higiene Operacional), dar suporte da unidade móvel para coleta de amostras para análises microbiológicas e físico-químicas, dar suporte do laboratório de análises de alimentos e águas do Senai para a realização de ensaios microbiológicos e físico químicos em água e alimentos e, por fim, elaborar relatório final.

Após a conclusão da consultoria prestada pelo Senai, a Cugnier irá realizar as auditorias para a certificação do frigorífico. A equipe da Cugnier, também bem estruturada, disponibiliza de profissionais de diversas áreas, que serão responsáveis pela auditoria do sistema de gestão, estrutura física e das boas práticas de produção. Se todo o frigorífico estiver em ordem, dentro dos parâmetros de qualidade, a Cugnier irá certificá-lo com o selo de qualidade da carne suína, que aparecerá nos produtos distribuídos pelo frigorífico em questão.

Selo de qualidade

O Instituto Nacional da Carne Suína lançou ainda em 2009 a proposta do Selo de Qualidade da Carne Suína. O projeto foi modelado com o intuito de elevar o consumo da carne suína, garantindo ao consumidor um produto de qualidade e, consequentemente, fortalecendo a atividade suinícola brasileira.

Para obter o selo de qualidade, o frigorífico passará por uma série de etapas, desde de consultoria para adequação da planta, às exigências até a auditoria da empresa e certificação dos produtos. A Empresa será avaliada de acordo com as seguintes etapas:

a.  Aspectos Gerais de Higiene Pessoal e Programa de Treinamento;
b.  Aspectos Gerais de Instalações;
c. Aspectos Gerais de Fabricação;
d.  Aspectos Gerais de Limpeza e Sanificação;
e. Aspectos Gerais de Controle Integrado de Pragas;
f.  Aspectos Gerais de Controle de Qualidade.

Ao final do processo de certificação o produto receberá um selo na embalagem, indicando que o frigorífico segue as Boas Práticas de Fabricação e os Procedimentos Padrões de Higiene Operacional e realiza o Monitoramento Integrado de Pragas e Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle.

Os benefícios irão atingir não só o consumidor, que terá a certeza da aquisição de um produto dentro dos melhores padrões de qualidade, mas também o frigorífico e o suinocultor, que verão um aumento na demanda por carne suína e a valorização do produto.