Frigoríficos e Abatedouros

Pioneirismo na cadeia industrial da carne

Indústria aperfeiçoa sistema de rastreabilidade com o uso da radiofrequência em SC


Publicado em: 06/07/2012 às 08:10hs

Pioneirismo na cadeia industrial da carne

ACAV e SINDICARNE apresentam nesta sexta-feira à imprensa, em Florianópolis,  a nova tecnologia em rastreabilidade para a cadeia industrial de aves e suínos.

As cadeias produtivas de aves e suínos de Santa Catarina – situadas entre as mais modernas do planeta – adotarão a partir deste ano a tecnologia RFID baseada no uso da radiofreqüência para aperfeiçoar o sistema de rastreabilidade. Pioneira no País, essa tecnologia será apresentada à imprensa nesta sexta-feira (6 de julho), às 8 horas, em café da manhã no Hotel Sofitel, em Florianópolis, em ato coordenado pelo presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (SINDICARNE),  Clever Pirola Ávila.

Essa tecnologia permite o uso de uma espécie de etiqueta eletrônica inteligente. A medida que a vida do animal avança, registram-se nessa etiqueta os principais fatos relevantes sob aspectos de nutrição, saúde, localização etc. Além disso, após o processamento, é possível manter este histórico junto ao produto, incluindo as validações oficiais e respectivas certificações.

A rastreabilidade em RFID será implantada – no prazo de um ano – das agroindústrias aos portos. No futuro contemplará a rastreabilidade no campo e dentro das plantas industriais.

Ávila realça que essa tecnologia está disponível em escala mundial e já é aplicada em várias áreas da atividade humana e empresarial.

O emprego desses recursos no aperfeiçoamento da rastreabilidade avícola resulta de parceria entre a FAPESC, SINDICARNE e ACAV, envolvendo outras instituições da sociedade Catarinense, órgãos oficiais da Secretaria da Agricultura, CIDASC, VIGIAGRO e SIPOA/SIF do Ministério da Agricultura, empresas privadas de tecnologia e centros de pesquisa ligados às universidades FURB e Universidade de São Paulo.

O projeto tem a coordenação da FAPESC e apoio intenso do SINDICARNE e da ACAV, com a participação das empresas avícolas. Na fase inicial haverá um piloto, o qual sequencialmente poderá ser aplicado para todos os interessados da cadeia produtiva.

O presidente da ACAV explica que não haverá mudança na metodologia adotada, indexação por ave, por lote, ou por propriedade rural. “Não faremos alteração no conceito atual de rastreabilidade, mas um aperfeiçoamento tecnológico da rastreabilidade trazendo inovação, processos on-line, mais segurança e confiabilidade ao sistema”, esclarece.

O investimento total das empresas no processo não foi revelado, pois, como se trata de uma parceria com o Governo do Estado, FAPESC e agroindústrias catarinenses, os recursos serão alocados gradualmente, fase a fase.

A rastreabilidade entra no plano preventivo de controle de epizootias e zoonoses que cada Estado estruturou por exigência do MAPA em face da ameaça da gripe aviária. Com a rastreabilidade on-line podemos continuar com nossos processos de avanços no âmbito da saúde animal de forma mais objetiva e dando as devidas prioridades.

“Esse é mais um investimento na vanguarda da cadeia produtiva de proteína animal catarinense e certamente nossos clientes internos e externos reconhecerão nossa evolução e continuarão a nos dar a preferência de aquisição nesta jornada de várias décadas”, concluiu o presidente da Associação Catarinense de Avicultura.

SISTEMA

A rastreabilidade permite capturar, armazenar e relacionar desde o provedor de insumos e matérias-primas, produtores, até as unidades industriais, a logística e o transporte, as unidades de venda e os consumidores. Um fluxo com registro, identificação e transmissão de informações permite conhecer a procedência, o produto e sua localização. Trata-se de um monitoramento seguro e completo com registro dos estabelecimentos, das movimentações e das operações, obedecendo normas internacionais.

O presidente da ACAV/SINDICARNE mostra que a adoção da rastreabilidade serve de apoio para a prevenção de problemas, proporciona informação dentro da empresa para facilitar o controle de processos e a gestão, identifica a origem e a responsabilidade dos problemas. Além disso, fideliza consumidores e assegura a qualidade e a certificação dos produtos.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL

O Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de Santa Catarina (SINDICARNE) foi constituído em 11 de novembro de 1959 e, atualmente, reúne cinco indústrias de abate e processamento de suínos.

Em 2012 essas agroindústrias processarão cerca de 7,6 milhões de cabeças de suínos.

A Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) foi fundada em 13 de março de 1978 para representar as indústrias do setor e reúne 23 indústrias de abate e processamento de frangos e perus.

A produção avícola estimada para 2012 é a seguinte: 747,3 milhões de frangos, 724,7 milhões de pintos e 10,6 milhões de perus.

Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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