Elaborado a partir dos dados do IBGE relativos aos nove primeiros meses do ano, o rol dos 10 principais estados produtores de frango tendo por base o número de cabeças abatidas em estabelecimentos sob inspeção (federal, estadual ou municipal) conduz a uma relação muita conhecida do setor avícola, pois nela estão presentes, exatamente, as 10 unidades federativas com maior alojamento de pintos de corte do Brasil (levantamento mensal da Apinco).

Por sinal, na relação elaborada a partir do número de cabeças abatidas há apenas, no final, duas trocas de posição: Bahia e Pernambuco cedem o sétimo e oitavo lugares que ocupam no alojamento de pintos para, respectivamente, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O que é plenamente justificável: o abate inspecionado nos dois estados nordestinos ainda é incipiente, o que não ocorre no Centro-Oeste, onde prevalecem grandes empreendimentos, todos inspecionados.

Por falar em grandes empreendimentos, os dados do IBGE permitem comprovar que onde eles estão presentes o crescimento é contínuo, independente das condições do mercado. Isso é observado, por exemplo, no Mato Grosso, onde o volume de cabeças abatidas nos nove primeiros meses de 2012 aumentou 21,52%, contra uma média nacional de apenas 0,1%.

Aliás, pode-se dizer que a expansão registrada em Mato Grosso foi quase uma exceção, pois, entre os “10 mais” do abate inspecionado, apenas outros três estados – Paraná, Minas Gerais e Bahia – abateram volume maior do que no mesmo período do ano passado. Apresentaram, porém, um ritmo de expansão menor que o registrado em Mato Grosso.

De toda forma, os aumentos registrados nesses quatro estados neutralizaram totalmente a redução observada nos outros seis estados, alguns com retrocessos significativos.