Mesmo o total registrado tendo superado novamente a marca dos 600 milhões de pintos de corte, a disponibilidade de cabeças de frango prontas para o abate entre, aproximadamente, a 2ª quinzena de junho e a 1ª quinzena de julho corrente aumentou não mais que meio por cento em relação ao mesmo período do mês anterior.

Porém, menor ainda foi a diferença em relação a idêntico período do ano passado, pois o volume aparente disponibilizado aumentou apenas 0,1%, o que significa que os abates deste ano devem ter permanecido praticamente estáveis em relação a junho/julho de 2023.

A projeção leva conta o volume de pintos de corte alojados internamente no mês de maio (dados da APINCO), estimando viabilidade de 96% e abate às seis semanas (42 dias) de idade. Assim, frente a uma disponibilidade aparente de cerca de 18,8 milhões de cabeças diárias há um ano e de, aproximadamente, 18,7 milhões no mês anterior, a disponibilidade mais recente foi pouco além de 18,810 milhões de cabeças diárias.

Ainda que essa oferta tenha correspondido ao segundo maior volume de 2024 (ficou aquém, apenas, do disponibilizado entre fevereiro e março), parece não ter exercido maior influência nos preços do produto, que permaneceram em relativa estabilidade comparativamente a meses anteriores.

É verdade que, pela média registrada entre 1 e 12 de julho (perto de R$7,30/kg no atacado paulista), o frango abatido registrou o mais fraco desempenho do corrente exercício, sua cotação recuando quase 1% em relação aos seis primeiros meses do ano.

Vale lembrar, no entanto, que julho é mês de férias (não só escolares) e, portanto, decréscimos no consumo e nos preços são ocorrências praticamente naturais. Além disso, a queda observada neste ano não foi nada parecida que a de um ano atrás, quando o resultado do mês ficou quase 15% aquém da média alcançada no primeiro semestre de 2023.