Publicado em: 15/08/2012 às 08:15hs
Segundo o presidente do Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, a companhia enxerga condições favoráveis para repetir o desempenho do segundo trimestre, quando atingiu uma margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação, na sigla em inglês) de 10,5%, ante 8,5% do mesmo período do ano passado.
“A pressão dos grãos afetará os preços das proteínas concorrentes, beneficiando a produção de carne bovina da América do Sul, que não é exclusivamente dependente de grãos”, afirmou Galletti na manhã desta segunda-feira, em conferência sobre os resultados da companhia do segundo trimestre, divulgados no domingo.
Como já era esperado pelo mercado, o Minerva apresentou um forte resultado operacional, sobretudo pelo cenário de maior oferta de animais para abate. No período, o Ebitda saltou 41,4% na comparação anual, para R$ 112,7 milhões. Já a receita líquida da companhia alcançou R$ 1,07 bilhão, um aumento de 14,6% ante o registrado um ano antes.
Se a concorrência das carnes de frango e suína beneficiam as operações do Minerva no mercado interno, as exportações também devem ajudar a manter as margens da companhia em um patamar ao menos próximo ao alcançado no segundo trimestre.
Segundo Galletti, a restrição de oferta de gado bovino em importantes exportadores deve sustentar o preço da carne bovina do país. “O Brasil está batendo recorde de exportação. O cenário é bastante favorável para segurar preços e até poder repassá-los na exportação.”
Caixa
Em meio às incertezas da economia mundial, o frigorífico Minerva ampliou em cerca de R$ 260 milhões sua reserva em caixa para se precaver contra uma possível crise de crédito, informou o diretor financeiro da companhia, Edson Ticle, durante a conferência.
Em condições normais, explicou o executivo, o Minerva mantém uma disponibilidade de caixa entre R$ 500 milhões e R$ 550 milhões, equivalente à compra de gado de dois meses. No balanço divulgado ontem, a empresa reportou uma disponibilidade de R$ 818,5 milhões.
“Não vemos uma situação [econômica], em termos de crédito, bem resolvida. Além disso, algum momento de stress com empresas do setor pode trazer aversão ao risco”, afirmou Ticle.
Segundo o diretor financeiro do Minerva, a empresa deve manter a nova política de caixa mínimo enquanto as oferta de crédito por bancos privados e no mercado de renda fixa permanecerem incertas. “Não sei dizer quanto tempo vai durar. Depende de como a situação andar”, acrescentou Ticle.
Fonte: Avisite
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