Frigoríficos e Abatedouros

JBS não fechou unidades adquiridas, garante executivo da empresa

Inauguração de unidades vão começar ainda este ano


Publicado em: 23/05/2012 às 18:20hs

JBS não fechou unidades adquiridas, garante executivo da empresa

"Nosso intuito é aproximar a empresa e responder os questionamentos do produtor", explica o presidente da divisão de carnes da JBS Mercosul.

A estratégia da JBS de aquisições e arrendamentos de frigoríficos no Brasil não levou ao fechamento de nenhuma unidade, afirmou ontem, 22, o presidente da divisão de carnes da JBS Mercosul, Renato Mauro Costa, em palestra no seminário da BMF&Bovespa "Perspectivas para o Agribusiness em 2012 e 2013", em São Paulo.

“Todos os negócios que fizemos neste ano estão operando com pelo menos 85% da capacidade instalada”, disse o executivo, negando as críticas de pecuaristas de que a empresa estaria concentrando o mercado de carne de bovina e, em alguns casos, adquirindo unidades para então fechá-las.

Planos

Costa disse que, das 12 unidades de abate adquiridas pela JBS neste ano, duas não entraram em operação por estarem em fase de construção. “Vamos inaugurar uma unidade dentro de 90 dias e a outras em 2013”, afirmou ele, referindo-se a um frigorífico em Mato Grosso, que deve ser inaugurado no segundo semestre deste ano, e uma unidade no Pará, que deve entrar em operação apenas no próximo ano.

Apesar disso, o executivo reconheceu que a companhia mantém alguns frigoríficos por conta da sobreposição de unidades em algumas regiões do país, especialmente em Mato Grosso. Segundo ele, a sobreposição de unidades não tem relação com as aquisições realizadas pela companhia neste ano, e sim uma consequência da aquisição do Bertin, em 2009.

Ainda assim, Costa ressaltou que a JBS pode reabrir algumas dessas unidades paralisadas. “Tão logo a oferta e a produção cresçam, podemos retomar os abates”, explicou.

O executivo negou, ainda, as críticas de que a empresa monopoliza o mercado de carne bovina. Segundo ele, a participação da JBS nos abates em Mato Grosso, Estado cuja concentração é considerada mais crítica, é de 35%, enquanto que nos Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul esse porcentual é de 20%.

Novas estratégias

“O que está faltando é diálogo entre as partes e queremos melhorar essa relação”, disse ele. Por esse motivo, acrescentou Costa, a JBS criou, há dez dias, a diretoria de relações com o pecuarista, sob o comando de Eduardo Pedroso. “Nosso intuito é aproximar a empresa e responder os questionamentos do produtor”, explicou.

Ainda no seminário, Costa reafirmou que o Brasil é o principal foco de crescimento da JBS neste ano, e para isso não descarta novas ainda novas aquisições ou arrendamentos. “Acreditamos no crescimento do rebanho e do consumo no país”, disse ele, citando o potencial de crescimento da produtividade da carne bovina do país. Segundo Costa, o rendimento da produção deve crescer 30%, para cerca de 260 quilos por carcaça.

Fonte: Avisite

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