O índice observado foi inferior ao registrado três meses antes (abril), quando o IBGE detectou retração de, praticamente, 12% sobre abril de 2011. Mas a pequena redução de julho em nada altera o panorama mais recente do setor, que, desde março de 2011 (17 meses) vem registrando variação negativa em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Como os dados do IBGE se limitam a apontar a variação anual da produção física industrial e, além disso, incluem não só o abate de aves (“carnes e miudezas frescas, refrigeradas ou congeladas”) mas também suas preparações e conservas (“cozidas, assadas, grelhadas e as preparações alimentícias conservadas por qualquer processo”), excetuando-se desse quesito apenas os produtos de salamaria, é difícil (senão impossível) estabelecer um padrão que enfoque, especificamente, o volume de aves abatidas.

Mas nada impede que, a partir de dados anteriores, se faça uma simulação do que vem ocorrendo na atividade. Assim, tomando-se como referência o abate mensal de frangos de 2010 (estimativas da APINCO) chega-se ao gráfico inferior, que aponta a possível evolução da produção de carne de frango nos 31 meses decorridos entre janeiro de 2010 e julho de 2012.

A conclusão é a de que o volume alcançado no primeiro semestre de 2012 foi de 8% a 9% menor que o registrado nos mesmos semestres de 2011 e 2010.