Publicado em: 16/05/2012 às 14:20hs
O aumento observado foi determinado, apenas, pelos cortes de frango, cujo volume no quadrimestre aumentou quase 40%, subindo de 71 mil/t para 99,3 mil/t. Em outras palavras, houve recuo dos demais itens, em especial da carne de frango salgada.
Apesar, porém, do significativo aumento no embarque de cortes, o preço do produto sofreu grande recuo – de 15% em relação ao primeiro quadrimestre de 2011. Mas, neste caso, a queda não foi isolada, afetou também, ainda que em menor escala, os outros três itens exportados. Em decorrência, o preço médio geral apresentou redução de 15,4%.
Em função do menor preço médio, o resultado financeiro obtido pelas cooperativas com a exportação de carne de frango, embora positivo, não correspondeu ao maior volume embarcado, pois apenas os cortes registraram aumento (de cerca de 19%) na receita. Assim, ainda que o volume por elas exportado tenha aumentado quase 27%, o incremento da receita cambial foi de apenas 7,3%.
Com esses números – correspondentes a pouco mais de 9% do volume e da receita cambial da carne de frango no período – as cooperativas tiveram desempenho acima da média, já que o volume global exportado pelo Brasil aumentou 3,72% e a receita cambial total ficou negativa, recuando quase meio por cento no quadrimestre.
Ainda assim, administradores de cooperativas começam a ser questionados quanto à opção pela introdução [das cooperativas] na produção, abate, comercialização e exportação de carne de frango. Neste caso cooperados lembram que a opção foi determinada pela intenção de agregar valor a matérias-primas agrícolas, especialmente milho e soja – o que não vem ocorrendo: com as quedas de preço (interno e externo), o frango não obtém a rentabilidade necessária e, bem ao contrário, chega a afetar o resultado obtido com as commodities agrícolas.
Fonte: Avisite
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