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Catar declara embargo a MT

Sobe para 4 o número de países que embargaram a carne bovina mato-grossense. Catar e Bielo-Rússia anunciaram a suspensão da importação do produto brasileiro nesta quinta-feira (24), elevando as restrições para 12 nações por causa do caso não clássico de vaca louca


Publicado em: 25/01/2013 às 15:20hs

Catar declara embargo a MT

Dentre os 2 novos embargos, apenas o país árabe mantém relações comerciais com Mato Grosso. Em 2012, cerca de 272,255 mil quilos (kg) de carne bovina embarcaram para o Catar, gerando uma receita de US$ 1,876 milhão. Montante que representou uma alta de 68,8% nas vendas em relação a 2011, que somou US$ 1,113 milhão.

Além do Catar, o setor produtivo do Estado perdeu temporariamente os mercados consumidores da Arábia Saudita, China e Peru, que compraram no ano passado US$ 55,026 milhões, contra os US$ 25,279 milhões em 2011. “Quanto mais tempo se demorar para reverter a situação, mais tempo os países têm para tomarem atitudes contra o Brasil porque continua valendo o risco sanitário”, alerta o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, frisando que o Estado é muito dependente da exportação e não pode “se dar ao luxo” de perder comprador.

Doze países suspenderam as importações de produtos brasileiros: Japão, China, África do Sul, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Taiwan, Peru, Bielo-Rússia e Catar. Líbano e Jordânia suspenderam as compras apenas do Paraná e o Chile proibiu a farinha de carne de osso. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os países que declararam o embargo temporário representaram cerca de 5% das exportações de carne bovina em  2012 e por isso não devem afetar a balança comercial da pecuária brasileira.

No entanto, o superintendente da Acrimat questiona essa “desimportância” dada aos mercados “perdidos”. “Independentemente do volume financeiro, o embargo é sempre prejuízo”, segundo ele, o que está faltando é empenho e ações mais concretas do Mapa, mostrando a qualidade do produto e tentando retomar a conversar com esses países. Se não surtir efeito, recorrer às entidades internacionais”.

Fonte: Gazeta Digital

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