Publicado em: 24/09/2013 às 07:40hs
A Coopercentral Aurora Alimentos inicia em novembro o recrutamento de pessoal para a reabertura – em 2 de janeiro – da indústria de abate e processamento de suínos de Joaçaba, no meio-oeste catarinense. Ali, a cooperativa investe 61,5 milhões de reais para triplicar a capacidade industrial e geração de produtos cárneos destinados à exportação.
Para recrutamento, seleção e contratação dos trabalhadores será utilizado o auditório da Copérdia (antiga Coperio), localizado às margens da BR-282, a partir do dia primeiro de novembro. Na primeira etapa serão contratados 500 pessoas e, na segunda, mais 500.
A unidade estava paralisada desde abril de 2009 no auge da crise financeira internacional. As obras iniciaram em fins de dezembro do ano passado e têm prazo de conclusão para dezembro deste ano. As operações da indústria serão retomadas no primeiro dia útil de 2014, assegura o presidente Mário Lanznaster. O dirigente antecipou que ficará concentrada em Joaçaba a maior parte da produção de carne suína destinada ao mercado externo.
Os investimentos em construção civil, máquinas e equipamentos permitirão triplicar a capacidade de abate de 1.000 para 3.000 suínos/dia. Na primeira fase, em janeiro de 2014, o abate será de 1.500 animais e, em setembro, sobe para 3.000/dia.
Com a ampliação física – que representa mais 15.000 metros quadrados de área construída e compreende os setores administrativos, industriais, de tratamento de efluentes e de apoio – o complexo ficará com área total de 25.000 metros quadrados.
Mais de 200 trabalhadores atuam na planta industrial, onde 100% das obras civis estão concluídas. Os setores administrativos estão concentrados em um novo prédio de dois pavimentos e 5.000 metros quadrados de área para abrigar ambulatório, dois refeitórios, quatro vestiários, área de lazer, auditório, Serviço de Inspeção Federal (SIF), departamento de recursos humanos e segurança do trabalho.
O layout interno de vários setores foi alterado e estão em fase de instalação sete câmaras de resfriamento de carcaças, sala de cortes com mezanino, túnel de congelamento contínuo e túnel estático de congelamento. Foi construída uma nova fábrica de farinhas e subprodutos e, ampliada, a casa de máquinas e de caldeiras. O sistema de tratamento de efluentes foi aperfeiçoado com novo tanque de concreto de equalização, novo flotador e nova casa de química.
Também estão em execução duas obras complementares: a perfuração de mais um poço profundo para captação de água (já está com 480 metros de profundidade) e a construção de canalização em PAD (polímero de alta densidade) com 6 quilômetros de extensão para a destinação dos efluentes tratados até o rio Caraguatá.
Por outro lado, no campo, a ampliação da base produtiva já foi autorizada, com o alojamento de matrizes e a planificação da produção de suínos que serão fornecidos pelas cooperativas agropecuárias filiadas à Coopercentral.
A reabertura do frigorífico de Joaçaba gerará 1.000 empregos diretos e 3.000 empregos indiretos: quatro vezes o número de postos de trabalho que existia quando a unidade fechou, em 2009. A mão de obra será recrutada na microrregião do meio-oeste. A inauguração oficial ocorrerá somente em 15 de abril de 2014, no 45o aniversário de fundação da Aurora. Os trabalhos são supervisionados pela equipe de engenharia da Aurora, chefiada pelo engenheiro eletricista Christian Klauck. O gerente da unidade de Joaçaba é Rodrigo Schwert.
ESTRUTURA
O frigorífico ocupa área de 20 hectares do Distrito Industrial de Joaçaba (à margem da rodovia BR-282) e, antes da ampliação, constituía-se de planta industrial de 9.000 metros quadrados de área coberta, com capacidade para abater 200 suínos por hora ou 1.000 suínos/dia.
O complexo inclui portaria, administração, vestiários e refeitório, pocilgas, linha de abate, resfriamento, congelamento, estocagem e expedição. A linha industrial compreende os setores de choque, sangria, escaldagem, depilação e chamuscador.
O sistema de tratamento de efluentes compõe-se de sete lagoas de decantação, peneiras, decantadores e flotadores. Antes da paralisação, a água era captada em riacho e em poço profundo, armazenada em lago artificial para ser utilizada no processo industrial, após o que era novamente tratada e devolvida ao riacho.
Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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