O Estado, que registra cerca de 29 milhões de cabeças de boi, apresentou crescimento de 9,6% no abate no período de 2011 ante 2010. O cenário é oposto aos números gerais, isto porque, no país, foram abatidos 28,8 milhões cabeças de bois no ano, registrando queda de 1,6% em relação a 2010.

As altas nos preços da carne bovina no mercado interno e o aumento do consumo das carnes de suínos e de aves indicam que o consumidor pode ter substituído parcialmente o consumo do boi por carnes com preços mais acessíveis. A queda nas exportações devido à crise econômica na Europa, à desaceleração econômica global e a necessidade de reposição do rebanho nacional são outros fatores que contribuíram para este resultado de queda no ano. Neste período, a participação de vacas no abate total de bovinos também aumentou, sendo 3,6% maior que em 2010. Entre os fatores para esta alta, são apontados as condições climáticas, que prejudicaram pastagens em regiões importantes e levaram produtores a abater mais fêmeas para compensar o baixo peso de animais machos prontos para abate.

Quando analisado o quarto e último trimestre de 2011 - foco da pesquisa -, foram identificados os abates de 7,360 milhões de cabeças no país, aumento de 1,0% em relação ao trimestre anterior e de 2,3% em comparação ao mesmo período de 2010. Neste período, Mato Grosso se manteve como a Unidade da Federação com maior número de cabeças de bovinos abatidas (alta de 21,6% ante 2010). Em seguida aparecem Mato Grosso do Sul (+ 9,9%) e São Paulo ( - 3,8%).

Com os resultados, a região Centro-Oeste elevou a participação nacional de 32,2% para 36,3%, seguidas pelas regiões Sudeste (19,6%), Norte (20,1%), Sul (13,1%) e Nordeste (10,9%).